“Os sentidos para as práticas de escrita em aulas de língua portuguesa na voz de alunos do ensino fundamental” é o título da dissertação da mestranda Elizangela Aparecida Mattes da Silva, do Programa de Pós-Graduação em Educação.

 

A defesa ocorre nesta terça-feira, dia 25, a partir das 14h30min., na sala I-305.

 

Compõem a Banca Examinadora: Presidente: Profa. Dra. Adriana Fischer (FURB); Prof.Dr. Rodrigo Acosta Pereira (UFSC); Profa. Dra. Maristela Pereira Fritzen (FURB);  Profa. Dra Marcia Regina Selpa Heinzle (FURB).

 

 

A presente pesquisa, vinculada ao Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação da Universidade Regional de Blumenau – FURB e à linha de pesquisa Linguagem e Educação, caracteriza-se por ser de cunho interpretativo numa perspectiva sócio-histórica.

O objetivo geral que norteia este trabalho é compreender os sentidos que alunos do Ensino Fundamental (EF) constroem para as práticas de escrita nas aulas de Língua Portuguesa (LP).

 

Para se alcançar essa compreensão, escolheram-se como sujeitos da pesquisa alunos do 6º ano e do 9º ano do EF de uma escola do Alto Vale do Itajaí, Santa Catarina. Para a geração dos dados, utilizaram-se dois instrumentos de pesquisa: um questionário, com cinco perguntas abertas, e uma entrevista coletiva semiestruturada.

 

Para análise e discussão dos dados gerados por meio dos dois instrumentos mencionados tem-se o apoio teórico da análise enunciativa do Círculo de Bakhtin. E, em coerência com os estudos do autor, este trabalho abarca também a concepção interacionista da linguagem, de Geraldi, o qual tem como enfoque as práticas de escrita na escola e a relação com a linguagem.

 

A pesquisa ancora-se, ainda, em estudos dos letramentos, com foco na relação entre as práticas de produção escrita e de leitura na escola. Levantamentos em base de dados apontaram várias pesquisas atreladas à escrita na escola, no entanto a presente dissertação assume papel relevante neste contexto, pois apresenta como peculiaridades as vozes, manifestadas por meio de enunciados dos sujeitos, no início do EF, 6º ano, e no final do EF, 9º ano. Assim, esses enunciados formam o corpus dessa pesquisa, e a partir de seus dizeres, o processo investigativo ganha sentido para, então, alcançar os objetivos propostos.

Como resultado do percurso investigativo, por meio da análise dos enunciados, emergem compreensões particulares.

 

Apreendeu-se que, para os sujeitos, as produções de escrita nas aulas de LP são uma resposta a uma prática social escolarizada. E para eles, as propostas de escrita são significativas quando se inserem no cotidiano deles e vão além de uma atividade com fins de atribuição de nota unicamente. Depreende-se, também, que, na perspectiva dos sujeitos, produzir bons textos é o sinônimo de boas notas e sem problemas ortográficos.