Endoença revela em metáfora o sincretismo de Blumenau

Endoença revela em metáfora o sincretismo de Blumenau

Foto: Divulgação

O escritor e professor José Endoença Martins lançou novo livro intitulado O Dom de Casmurro, ambientado em Blumenau, quando um desconhecido estudante de Direito (Casmurro), na Universidade de Jararacumbach  ( UJ - metáfora com a FURB) , dá um murro em  um coronel do Exército, final dos anos setenta (fato real).
 
Segundo o autor, a perseguição do coronel a Casmurro, sobre quem o militar conhece apenas um detalhe - que é negro – se torna implacável. É quando entram em cena Bento, professor da UJ, e três de suas alunas – Eileen, Anamária e Bertília – para arquitetar o plano que vai garantir a liberdade do negro Casmurro. Ele passa a morar com as três amigas, uma noite por vez na casa de cada uma, no Jararacumbach (Ribeirão das Jararacas, em Blumenau).
 
Neste intervalo de tempo, enquanto permanece nas casas das alunas de Bento, Casmurro atravessa um triplo processo de aculturação: com Eileen, vivencia a experiência alemã da Blumenalva;  Anamária o inicia no mundo italiano da Nauemblu; com Bertília, Casmurro investe na cultura negra, embalado na Negritice que empalma o orixá Exu. Vale a pena conferir.
 
Perfil
 
José Endoença Martins é afro-blumenauense, professor aposentado da FURB, doutor em Literatura Afro-Americana (UFSC, 2002), e doutor em Estudos da Tradução (UFSC, 2013). Leciona literatura e estudos literários. Tem várias obras publicadas.
 
A obra
 
O Dom de Casmurro / José Endoença Martins. 1 ed. Curitiba: Appris, 2016. 291p.
ISBN 978-85-437-0077-7