A mestranda Silvana Januário Jorge, do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da FURB, defende nesta quinta-feira (21-07), às 13h30min, na sala B 002, Campus III, a dissertação intitulada Diferenças socioeconômicas regionais na mortalidade por câncer de mama em Santa Catarina. O trabalho foi orientado pelo Prof. Dr. Ernani Tiarajú de Santa Helena.

 

Dentre as diversas doenças que atingem a saúde da mulher, o câncer de mama é um dos responsáveis por numerosas mortes em todo o mundo. Nas mulheres catarinenses as neoplasias são as principais causas de mortalidade. O objetivo do estudo foi identificar se existem diferenças socioeconômicas associadas à mortalidade por câncer de mama, nas vinte microrregiões do Estado de Santa Catarina, durante os anos de 1991, 2000 e 2010.

Estudo epidemiológico, observacional, ecológico, cuja unidade de estudo foi às microrregiões do Estado. Foram calculadas as Taxas de Mortalidade por 100.000 habitantes para câncer de mama entre as mulheres com 40 anos e mais, padronizadas por idade pelo método direto, com intervalos de confiança de 95%. Como indicadores socioeconômicos: Taxa de analfabetismo, Renda média per capita, Sem instrução/1º ciclo fundamental incompleto e o Índice de Gini. Como indicadores médico-assistenciais: número de profissionais médicos, número de leitos SUS por habitantes e número de mamógrafos.

 

Análise estatística foi realizada através da correlação de Spearman, sendo aceita uma probabilidade <0,05 de se cometer um erro tipo I. Para a medida de distância das variáveis, foi utilizada a análise de Agrupamento. Entre os anos de 1991 e 2010 as taxas de mortalidade por câncer de mama seguiram aumentando. As correlações entre a Taxa de analfabetismo (r=-0,55 p=0,012) e Sem instrução/1º ciclo fundamental incompleto (r=-0,59 p=0,006), foram inversas. As variáveis número de médicos (r=0,74 p=0,0002), número de mamógrafos (r=0,65 p=0,002) e o Índice de Gini (r=0,51 p=0,02), foram os que mais se correlacionaram com as taxas de mortalidade por câncer de mama.

 

Acreditamos que a diferença socioeconômica, possa contribuir para o aumento das taxas de mortalidade por câncer de mama em algumas microrregiões.