A mestranda Daiane Luchetta Ronchi, do Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal de FURB, defende nesta quarta-feira (04 de março), às 14h, no auditório do Campus II, a dissertação Avaliação do processo de restauração ecológica através da regeneração natural da macrofauna edáfica após a extração de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden. O trabalho foi orientado pelo Prof. Dr. Lauri Amândio Schorn e  co-orientado pelo Prof. Dr. Marcelo Diniz Vitorino.

 

A autora estudou a composição e o desenvolvimento da regeneração natural em diferentes períodos após a extração de reflorestamento de Eucalyptus. O estudo foi desenvolvido em área de reflorestamento da empresa Buettner S/A Indústria e Comércio em Brusque, SC.

 

A avaliação fitossociológica foi realizada com a implantação de 56 unidades amostrais, distribuídas ao longo das margens de um curso d'água em áreas que apresentavam períodos de 5,5, 7 e 9 anos de abandono após a extração do reflorestamento. A vegetação nessas unidades amostrais foi comparada com a vegetação existente 4 anos antes, nas mesmas unidades quando tinham 1,5, 3 e 5 anos de abandono, respectivamente. 

 

Também foi avaliada a composição da macrofauna do solo nas mesmas unidades amostrais e em cada estação climática ao longo de um ano, sendo acrescentadas nesta análise outras duas áreas, além das que estavam abandonadas, uma sem cobertura florestal e outra em floresta em estágio avançado de sucessão. A vegetação estudada apresentou distinções em valores estruturais, evidenciando um elevado dinamismo sucessional no período avaliado de nove anos. As pioneiras sofreram decréscimo em número de espécies, tanto no estrato arbóreo quanto no regenerativo, enquanto que espécies clímax tolerantes à sombra tiveram ingressos, com o avanço da idade de abandono das áreas.

 

Os resultados mostraram que o processo de regeneração natural em curso poderá restaurar a floresta nas áreas de preservação permanentes, sem a intervenção com o uso de outras técnicas. A avaliação da composição da macrofauna do solo mostrou uma relação muito boa com o processo de regeneração e permitiu considerar grupos da macrofauna como indicadores da restauração da floresta.