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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Guilherme Barth
Título: Aplicativo móvel de orientação de objetos para pessoas com deficiência visual
 
Introdução:
Conforme Silva (2019, p.1), “Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as
pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis.”. Ainda de acordo com Silva (2019), o principal objetivo
da tecnologia assistiva é proporcionar às pessoas com deficiência visual uma independência, qualidade de vida e inclusão
social, por meio de melhorias na comunicação, mobilidade e autonomia no seu ambiente. Segundo Cambraia e Nazima
(2021), a deficiência visual é um grave problema de saúde pública, visto que o índice de pessoas com deficiência visual
aumenta conforme a população aumenta e envelhece, além de diminuir a qualidade de vida, existem dificuldades
emocionais para se adaptarem e aumenta o risco de quedas e até mortes.
Pessoas com baixa visão ou cegas, precisam lançar mão de algum recurso que possibilite uma
locomoção segura, sendo a bengala a opção mais conhecida e utilizada para a mobilidade, na medida
em que serve para identificar obstáculos que se encontram à frente ou ao nível do chão; os chamados
obstáculos rasteiros. Ocorre que no uso da bengala, por meio da técnica conhecida como varredura, o
usuário a movimenta de um lado para o outro desenhando um arco à sua frente, mas precisa tocar no
obstáculo para identificá-lo e somente depois desviar dele (CASTRO, 2019, p.12).
Freitas (2018) cita que, a comunicação é essencial para a pessoa deficiente conseguir perceber a presença de
outras pessoas, intenções de ajuda e orientação. Visando a parte técnica, existem algumas Application Programming
Interface (APIs) que permitem realizar comandos vocais utilizando o Text to Speech (TTS), Speech to Text (STT) e
Automatic Speech Recognition (ASR) (GOULART, 2016).
Com isso, diversos estudos e implementações vem sendo desenvolvidas a partir de uma tecnologia bastante
conhecida: o laser. Um exemplo é o Light Detection and Ranging (LiDAR), que está se tornando cada vez mais popular
e utilizado em diversos estudos, principalmente na área da topografia, como por exemplo, em planejamentos costeiros,
florestas, urbanos e de automóveis (PEREIRA, 2022). O LiDAR é um dos termos utilizados para designar essa nova
tecnologia de sensoriamento remoto, que também pode ser encontrada como Sistema de Varredura a Laser ou
Perfilamento a Laser (PEREIRA, 2022). “O princípio de funcionamento do sistema de varredura laser consiste na emissão
de um pulso laser de uma plataforma (aérea, terrestre ou orbital) com uma elevada frequência de repetição. O tempo de
retorno dos pulsos laser entre a plataforma e os alvos é medido pelo sensor, permitindo a estimativa destas distâncias.”
(PEREIRA, 2022, p. 232).
Para auxiliar a utilização do LiDAR, utiliza-se Machine Learnings para auxiliar na identificação dos objetos do
mundo real (Apple, 2022b). Dentre elas, existe o Machine Learning Kit ou então “Kit de ML que é um SDK para
dispositivos móveis que leva a experiência em aprendizado de máquina no dispositivo do Google a apps Android e iOS”
(GOOGLE, 2022, p. 1). O Kit de ML consegue detectar até cinco objetos ao mesmo tempo em uma categoria de 400
objetos mais encontrado nas fotos (GOOGLE, 2022).
Diante disso, este trabalho apresenta um aplicativo de reconhecimento de estruturas utilizando o sensor LiDAR
como protagonista do reconhecimento de superfícies, e a utilização do TTS e STT para realizar a comunicação com o
usuário. Sendo o objetivo principal disponibilizar um aplicativo na plataforma iOS que auxilie pessoas com deficiência
visual a identificar objetos durante o seu deslocamento utilizando o LiDAR e o ML Kit. O objetivo específico é: avaliar
se a medida de distância em que o objeto se encontra do dispositivo móvel é coerente com a realidade, e fazer a iteração
do usuário com o aplicativo por comandos de voz.