| |
| Acadêmico(a): Cleiton Joel Benvenutti |
| Título: ANDAÊ: remoção, análise dos dados e melhora na experiência de usuário |
| |
| Introdução: |
| Vive-se em um mundo no qual não existe mais uma fronteira entre o digital e o real (NICOLACI-DA-COSTA; PIMENTEL, 2011). As coisas começaram a ganhar inteligência computacional e todas as ações cotidianas e informações estão conectadas em rede, assim os sistemas passaram a considerar também a realidade e contexto no qual os usuários estão inseridos. Tudo se tornou tão integrado que muitas vezes nem se nota a diferença entre o local e o ciberespaço (NICOLACI-DA-COSTA; PIMENTEL, 2011). Segundo o historiador britânico Ian Mortimer, o perigo das notícias falsas hoje é maior que no passado devido a velocidade espantosa que elas se propagam e a forma como afetam as pessoas graças à internet (COSTA, 2018). As chances de criarem guerras é muito maior do que quando esse tipo de informação era veiculada apenas através de mensageiros ou jornais (COSTA, 2018). O termo utilizado atualmente para caracterizar essas notícias falsas que são produzidas sem verificação da realidade e normalmente utilizadas para obter vantagem pessoal é fake news (ALLCOT; GENTZKOW, 2017, p. 212). Por isso é necessário que as pessoas utilizem seu senso crítico e conhecimentos individuais para questionar as informações que recebem e não simplesmente continuar compartilhando ideias e conhecimentos sem fundamento. A criação do conhecimento, segundo Souza et al. (2011), requer a interação entre pessoas. Os indivíduos trabalham em rede e compartilham conhecimento através de sistemas colaborativos e precisam gerenciar os documentos, informações e o conhecimento. Devido à grande quantidade de dados que são produzidos diariamente existe uma grande dificuldade de organizar e recuperar essas informações (SOUZA et al., 2011). Possuir diversas informações sobre um assunto já não facilita a resolução dos problemas, pois se forem mal avaliadas dificultam a tomada de decisão e deixam o avaliador estagnado (SANCHES, 2011). De acordo com Abel e Oxbrow (2001), a gestão do conhecimento visa conectar pessoas a pessoas, conectar pessoas a informação, permitir a conversão de informação e conhecimento e incentivar a inovação e criatividade. Matias, Heeman e Santos (2013) afirmam que a interação entre humano e computador passou a ser fundamental na sociedade baseada em conhecimento, no qual os sistemas precisam mais do que nunca oferecer uma forma de comunicação efetiva com os usuários, pois as pessoas interagem com eles em diversas situações durante o dia. Para melhorar essa interação com o usuário deve-se trabalhar em sistemas colaborativos também a percepção. Segundo Santos, Tedesco e Salgado (2011) a percepção está relacionada com a capacidade de um indivíduo de um grupo compreender e identificar as ações dos demais, reduzindo assim a sensação de solidão (SANTOS; TEDESCO; SALGADO, 2011). O aplicativo Andaê, desenvolvido por Schaefer (2017), é uma ferramenta colaborativa que monitora e localiza os problemas sociais e urbanos de uma região, com foco na coleta e distribuição dos dados (SCHAEFER, 2017). No entanto, assim como em outros aplicativos similares, ainda não são aplicadas técnicas de análise, percepção e gestão do conhecimento. Diante do exposto, este trabalho apresenta a implementação da gestão do conhecimento colaborativo em uma plataforma de mapeamento de informações sobre incidentes, problemas e áreas perigosas em uma determinada localidade. Esta gestão do conhecimento tratará a remoção e análise dos dados presentes no aplicativo e ainda aumentará a interação do usuário com o sistema apresentando notificações com base em sua geolocalização e dados adquiridos através da colaboração pública. |
| |
|
