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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Luan Ribeiro da Silva
Título: LIBRAR - CONCEITOS BÁSICOS DE LIBRAS USANDO REALIDADE AUMENTADA E REALIDADE VIRTUAL
 
Introdução:
Na década de 1850, um professor surdo francês chamado Ernest Huet chegou ao Brasil, trazendo com ele o alfabeto manual francês e alguns sinais. Nessa época os surdos/mudos brasileiros ainda não possuíam um sistema de sinais próprio para se comunicar. Com a chegada da Língua de Sinais Francesa (LSF), foi criada a LIBRAS (MONTEIRO, 2006, p. 296). De acordo com Lopes (2013, p. 23), “[...] Libras é a língua utilizada como meio de comunicação pelas pessoas Surdas no Brasil. Trata-se de uma língua que não é universal, portanto, cada país possui a sua [...]”. A LIBRAS é uma modalidade gestual-visual porque, para comunicar-se através dela, são usados gestos e expressões faciais que são percebidos pela visão. Já a Língua Portuguesa, por sua vez, é uma língua oral-auditiva, pois são usados como meio de comunicação sons articulados que são percebidos pelo ouvido (REVISTA DA FENEIS, 1999, p. 16). Com isso, tem-se o conceito de escola bilíngue que, segundo Marques, Barroco e Silva (2013, p. 514), “[...] escola que se propõe bilíngue e que oportuniza a experiência de inclusão de alunos surdos deve apresentar seus conteúdos, simultaneamente, em língua portuguesa (oral e escrita) e em Libras.”. Marques, Barroco e Silva (2013, p. 515) fazem a seguinte teorização: Em uma intervenção prática de ensino de Libras que realizamos em 2012, para crianças ouvintes e uma criança surda, em um Centro de Educação Infantil, notamos fatos relevantes. Um deles refere-se à interação da aluna surda com os demais colegas de classe. Após algumas aulas de Libras observamos que houve um aumento significativo na frequência do seu uso na comunicação entre as crianças. Nessa experiência, o ensino dessa língua se deu empregando o próprio conteúdo programático da educação infantil previsto para a turma. Outro fato diz respeito ao emprego de alguns sinais em Libras, por crianças ouvintes ao se comunicarem com outras também ouvintes. Juntamente com a comunicação oral elas se comunicavam também pela Libras. Segundo Forte e Kirner (2009, p. 1), “Pensar na adoção de recursos tecnológicos como ferramentas facilitadoras no processo educacional pode ser encarado hoje como uma tarefa comum.”. Nesse ponto foi usada a RA, que possibilita inserir objetos virtuais no ambiente físico em tempo real através de algum dispositivo tecnológico, como por exemplo um smartphone com uma câmera (KIRNER, C.; KIRNER, T., 2007 apud FORTE; KIRNER, 2009, p. 2). Junto com a RA, tem-se a RV, que possui um conjunto de técnicas e ferramentas gráficas 3D que leva o usuário a um ambiente totalmente virtual gerado por um computador, podendo ainda realizar interações com esse ambiente em tempo real, tudo isso com quase nenhuma percepção que o ambiente onde está não é real (LESTON, 1996, p. 12-13). Com isso, a RA e RV proporcionam um poder muito grande de ilustração comparado com outras mídias, disponibilizando a oportunidade de realizar experiências e permitir o desenvolvimento do educando no seu próprio ritmo (PANTELIDES, 1995 apud FORTE; KIRNER, 2009, p. 3). Diante do exposto, desenvolveu-se um sistema para dispositivos móveis que demonstra os conceitos básicos de LIBRAS de uma forma divertida e de fácil entendimento para as crianças, juntando RA e RV com jogos para que as crianças conheçam a Libras e se divirtam ao mesmo tempo.