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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Alexandre Feustel Baehr
Título: Aplicação da Técnica Análise SWOT no Auxílio à Tomada de Decisão para Pequenas e Médias Empresas do Vale do Itajaí
 
Introdução:
No atual cenário de constantes mudanças, é fundamental um conjunto de rápidas e eficientes estratégias para a obtenção do sucesso de uma organização frente aos seus concorrentes e clientes. De acordo com Desconci, Ehlers, Lemos e Lima (2007), as empresas que não tiverem um planejamento focado no mercado, com uma preocupação constante na qualidade e produtividade de seus processos e produtos, provavelmente, sofrerão com a falta de competitividade.
Com base nisso, surge à necessidade de integrar a gerência de marketing, o plano administrativo das empresas, gerando assim o planejamento estratégico de marketing, que por sua vez, integra o conjunto de ações programadas visando obter indicadores dos fatores internos e externos, para que com os recursos disponíveis, os objetivos e a missão organizacional possam se atingidos. O resultado dessa integração é a vantagem competitiva, o diferencial desta organização frente aos seus concorrentes. (COBRA, 1992)
Segundo Porter (1989 apud AZAMBUJA; DALFOVO; DIAS; RODRIGUES, 2001), a competitividade de uma organização é a correta adequação das atividades do negócio ao seu ambiente interno. Essa adequação correta consiste no bom atendimento das necessidades dos clientes, diferenciação nesse atendimento em relação aos concorrentes e o bom relacionamento com seus fornecedores.
A utilização do planejamento estratégico de marketing como um conjunto de ações programadas que identificam as oportunidades e ameaças, bem como os pontos fortes e fracos das organizações focalizando metas, visam o crescimento da rentabilidade da mesma. Para tal, há a necessidade de uma minuciosa avaliação e pesquisa dos ambientes controláveis, também chamadas de interno, bem como, dos ambientes incontroláveis, ou ambiente externo (KOTLER 2000).
Uma ferramenta de apoio ao planejamento estratégico de marketing é a Análise de Forças (Streghts), Fraquezas; (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats) que resulta na sigla SWOT. Segundo Goldschmidt (2006), esta técnica visa dividir a análise organizacional em ambiente interno e externo. A análise SWOT fornece uma orientação estratégica bastante significativa, pois permite:
a) eliminar pontos fracos nas áreas pelas quais a empresa enfrenta sérias ameaças da concorrência, bem como tendências desfavoráveis perante o negócio;
b) compreender oportunidades descobertas a partir de seus pontos fortes;
c) corrigir pontos fracos nas áreas em que a organização vislumbra oportunidades potenciais;
d) monitorar áreas onde a organização possui pontos fortes afim de não ser surpreendida novamente por possíveis riscos e incertezas.
De acordo com Azambuja, Dalfovo, Dias e Rodrigues (2001), micro, pequenas e médias empresas são mais flexíveis e supostamente devem possuir estratégias de mercado mais consolidadas. Além das qualidades citadas, são ágeis no sentido da capacidade de mudança e adaptação frente a alterações no ambiente organizacional.
Conforme o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – São Paulo (2007), foi apurada a existência de 5,1 milhões de empresas no país, destes 98% são considerados micro e pequenas empresas. Os pequenos negócios respondem por mais de dois terços das ocupações do setor privado. A pesquisa ainda revela que estas empresas são responsáveis por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro Em Santa Catarina (SC), especialmente no Vale do Itajaí-SC, segundo a regional catarinense, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Santa Catarina (2008), 99,1% das empresas são consideradas micro ou pequenas, respondendo por 54% dos empregos formais da região, tendo como principal perfil setorial, o terciário de comércio e serviços.
Conforme Silva (2003), 70% das empresas pesquisadas não completam o segundo ano de vida. Estas pesquisas apontam que a má administração, o fraco planejamento e um gerenciamento incompetente são os grandes responsáveis pelo fechamento dessas organizações. Esta realidade se apresenta nas empresas do Médio Vale do Itajaí, de acordo com Azambuja, Dalfovo, Dias e Rodrigues (2001), a falta de um planejamento estratégico consistente, o não conhecimento e a não utilização de técnicas que visam o conhecimento estratégico do negócio são comuns, nessas organizações, e, são fatores determinantes para o fracasso de muitas delas.
Verificou-se, a necessidade de uma ferramenta que proporcione ao gerente ou responsável pela área de marketing dessas organizações, a introdução do planejamento estratégico de marketing, através da técnica Análise SWOT, oferecendo avaliação dos indicadores estratégicos da organização. O diferencial desta ferramenta é a possibilidade de comparação dos indicadores com os dos concorrentes, bem como, verificar em quais das quatro áreas apresentadas na Análise SWOT a organização se encontra.