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Conclusão
 
 
Acadêmico(a): Fabrício Toresan
Título: Estudo da Aplicação de Web Semântica para Desenvolvimento de Aplicações voltadas para Comércio Eletrônico
 
Conclusão:
Este trabalho realizou um estudo amplo das tecnologias relacionadas com a Web semântica e como estas tecnologias podem ser utilizadas para aplicações voltadas para o comércio eletrônico. Considerando este estudo, o trabalho atingiu o objetivo, de forma que todas as tecnologias apresentadas foram analisadas com base no estado da arte em que se encontram.
A principal deficiência do trabalho foi no desenvolvimento do protótipo, sendo possível enumerar as principais razões:
a) limitação tecnológica: a Web semântica se encontra num estado embrionário, sendo foco de várias pesquisas, porém para aplicações comerciais tem limitações, como as encontradas na integração da semântica com registros de serviços UDDI.
b) documentação deficiente: não existe bibliografia na área de Web semântica que aborde detalhes de implementação, sendo que as principais fontes existentes envolvem uma visão mais macro do assunto, não entrando em detalhes arquiteturais e de desenvolvimento de aplicações. A principal fonte de pesquisa para desenvolver o protótipo foram listas de discussões e códigos fontes de programas existentes.
c) conhecimento do autor: todos os tópicos abordados eram desconhecidos pelo autor do trabalho, o que trouxe dificuldades em todas etapas do desenvolvimento.
d) escopo: o escopo do trabalho estava muito amplo envolvendo diversos assuntos e tecnologias.
As ferramentas utilizadas no protótipo em nada prejudicaram seu desenvolvimento. A linguagem Java é a linguagem mais adotada para desenvolvimento de projetos open-source como o Protégé e o UDDI4J. Por isso seu uso tornou a implementação mais fácil, sendo que em outra linguagem não seria possível desenvolver o protótipo sem reescrever muitas das funcionalidades. Ao iniciar o desenvolvimento do protótipo, a plataforma J2SE 5.0 já estava disponível, e se mostrou mais produtiva em alguns aspectos como manipulação de coleções. Como IDE para a programação foi utilizado o Eclipse na versão 3.1.0, sendo um ambiente muito produtivo e que facilitou muito o desenvolvimento.
O aplicativo Protégé está muito estável, sendo utilizada a versão 3.1 no trabalho. As versões anteriores utilizadas apresentaram alguns problemas que foram resolvidos com atualizações. Sua API para manipulação de ontologias OWL é flexível, porém não muito dedutiva, o que implicou no desenvolvimento de classes utilitárias para realizar tarefas repetitivas.
A geração de código Java desta API foi muito útil para a utilização das classes da ontologia OWL-S no protótipo, apesar de que os códigos-fonte gerados para ontologias complexas ficam desorganizados, existindo repetição de fontes por um OWL referenciar outro. Se existissem mais opções de parametrização para a geração, esta funcionalidade seria mais eficiente.
A API UDDI4J é bastante simples, porém segue de maneira plena a especificação UDDI, facilitando seu uso. A dificuldade encontrada foi na montagem das mensagens de requisição para enviar comandos ao registro.
Apesar de o protótipo ter funcionalidades limitadas, no que diz respeito ao uso da Web semântica o trabalho conseguiu mostrar como os Web services, principal tecnologia em negociações de e-commerce, principalmente B2B, podem utilizar semântica para automatizar sua busca, invocação e composição. A representação em memória do WSDL permite que ele seja facilmente manipulado, além de possibilitar a criação de interfaces visuais para sua manipulação, como foi feito no protótipo.
A utilização do Protégé e de suas APIs foi de grande valia para o trabalho, pois além de ser um aplicativo estável e crescente, mostra que existe uma vasta comunidade em todo o mundo que está desenvolvendo pesquisas para tornar a Web semântica uma realidade. O contato com desenvolvedores e pesquisadores de todo o mundo através das diversas listas de discussão sobre o assunto ajudou na resolução de diversos problemas e dúvidas encontrados durante o caminho.
A utilização da ontologia OWL-S foi uma decisão feita durante o desenvolvimento do trabalho, pois inicialmente os conceitos contidos nestas ontologias seriam desenvolvidos, o que tomaria um tempo desnecessário. Existem outras ontologias para esta finalidade, porém esta foi escolhida por constar nos documentos da W3C e por ter sido identificado seu uso em diversos projetos.
A maior limitação encontrada que impediu parte do desenvolvimento da aplicação como foi proposto foi a falta de suporte à semântica em registros UDDI, que não dá suporte para que serviços semanticamente anotados utilizem estas semânticas nas operações de busca. Por isso foram pesquisadas alternativas, como a apresentada no trabalho.
O uso da semântica em aplicações de comércio eletrônico possui questões que deverão ser tratadas quando seu uso for feito por organizações. Por exemplo, como serão criadas as ontologias que servirão de base para todas as outras em um domínio. Deverão existir ontologias base para um domínio, para que o entendimento dos conceitos exista em todas aplicações.
Outras questões são de caráter mais técnico, como por exemplo, qual ontologia é mais adequada para descrever serviços. A OWL-S é uma delas, porém outras existem.
O trabalho teve como principal benefício trazer estas tecnologias juntamente com todas questões citadas acima, para que trabalhos futuros possam ser desenvolvidos com uma diretriz específica nestes itens. Pode servir de referência para os principais assuntos hoje envolvidos com a Web semântica.
Portanto, este trabalho deve ser visto como ponto de partida para muitos outros trabalhos na área, como descrito no próximo tópico sobre extensões.