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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Karine Trevisani Cunha
Título: Software para Cálculo da Complexidade Ciclomática em Código-Fonte PL/SQL
 
Introdução:
Quando uma empresa de desenvolvimento de software ou uma equipe atinge uma determinada maturidade, é imprescindível procurar uma forma de medir esta maturidade, seja para o desenvolvimento, seja para a manutenção dos módulos dos sistemas. Esta é uma das premissas de se realizar medições.
O objetivo principal de realizarmos medições no tocante ao desenvolvimento de um software é obter níveis cada vez maiores de qualidade, considerando o projeto, o processo e o produto, visando à satisfação plena dos clientes ou usuários, a um custo economicamente compatível. (FERNANDES, 1995, p. 25).
No campo da Engenharia de Software, estas medições são chamadas métricas. As métricas são importantes para estimar projetos, melhorar os esforços de desenvolvimento e selecionar ferramentas, entre outros.
Segundo Möller e Paulish (1993, p. 15), os princípios para a origem da aplicação de métodos quantitativos para o desenvolvimento de software foram estabelecidos em 1970. Havia quatro tendências preliminares desta tecnologia que ocorreram naquele tempo e que evoluíram para as práticas das métricas utilizadas hoje, as quais são:
a) estimativa de custo de um projeto de software: desenvolvida em meados de 1970, sua aplicação visa estimar o trabalho e o tempo gastos para se desenvolver um software, baseando-se em fatores como a quantidade de linhas de código necessárias para a implementação;
b) garantia da qualidade do software: visa à identificação de informações que não estão disponíveis durante os vários ciclos de vida de um software;
c) métricas da complexidade do software: surgiram em meados de 1970, e se caracterizam por serem fáceis de obter, pois podem ser extraídas por meios automatizados;
d) processo de desenvolvimento do software: à medida que os projetos tornaram-se maiores e mais complexos, surgiu a necessidade de controlar o desenvolvimento dos mesmos. O processo de controle incluiu a definição do ciclo de vida do projeto, com maior ênfase no gerenciamento e controle dos recursos utilizados.
Os profissionais da época, a partir do aparecimento destas tendências, começaram então a utilizar as métricas com o propósito de melhorar o processo de desenvolvimento do software.
A partir de então, as métricas passaram a ser mais utilizadas no gerenciamento de projetos. Conforme DeMarco (1989, p. 3), “não se pode controlar o que não se pode medir”. Porém, este controle depende de alguns pré-requisitos importantes que devem ser observados (FERNANDES, 1995, p. 81):
a) os objetivos que se desejam atingir devem estar bem definidos, e a partir de então definir qual a melhor métrica para atingir estes objetivos;
b) as métricas escolhidas devem ser simples de entender;
c) as métricas devem ser objetivas, visando minimizar o julgamento pessoal na análise dos resultados;
d) as métricas devem ser efetivas ao custo, ou seja, o valor da informação obtida com o emprego da métrica deve ser maior do que o custo para coletar, armazenar e calcular as métricas;
e) as métricas devem ser informativas, a ponto de fornecerem dados que possibilitem avaliar acertos e ações, ocorridas no passado, no presente ou no futuro.
Neste sentido, este trabalho aborda uma métrica que tem como objetivo mensurar parcialmente a manutenibilidade dos códigos-fonte desenvolvidos na linguagem Procedural Language/Struct Query Language (PL/SQL). Manutenibilidade é a métrica que caracteriza a facilidade de modificação ou adaptação de um software. A métrica da manutenibilidade é muito importante, pois a manutenção de sistemas tem sido um dos grandes desafios da engenharia de software, pelo fato de corresponder a até 70% dos custos de um sistema (GRUBB, 2003 apud WEBSTER et al, 2004). Conforme Webster et al. (2004, p. 1), “embora
a manutenção de sistemas seja uma das atividades mais crítica e longa do ciclo de vida do software poucos estudos foram realizados nesta área”.
Há algumas métricas que se propõe medir a manutenibilidade de um código como um de seus resultados. Um exemplo é a métrica de Análise por Pontos de Função (FPA). Nesta técnica o tamanho de um software é medido por fatores externos ao código como: tamanho do processamento e complexidade técnica dos fatores de ajuste. O cálculo é efetuado a partir dos pontos de função, que são os dados ou transações do sistema. Porém, segundo Ambler (1998, p. 184), “A contagem de pontos é uma habilidade que poucas pessoas possuem, e é um processo que consome tempo, até mesmo para pessoas que têm experiência nisto”.