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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Eduardo Alexandre Barbaresco
Título: Software de Apoio ao Processo de Gerência da Configuração Segundo Normas e Modelos da Qualidade
 
Introdução:
A competitividade no mercado de informática, requer que cada vez mais o processo de desenvolvimento de software possa ser feito de forma rápida e controlada. Estas tentativas têm sido aprimoradas e adaptadas, com o objetivo de otimizar todos os processos de tal forma que se possa garantir a qualidade de um produto final. Contudo, existem várias organizações atualmente, que apresentam problemas de concepção de seus produtos. Sejam problemas na ordem de prazos a serem cumpridos, estimativas irreais, ou erros no seu próprio cronograma de trabalho. Normalmente neste tipo de organização além da falta de qualquer tipo de mecanismo que permita aprender com a experiência de projetos anteriores, faltam ainda habilidades para efetuar um controle efetivo do processo em questão. Por isso as modificações apresentam elevado grau de riscos e inevitavelmente estes erros são repassados a versões posteriores, o que acarreta em mais problemas futuros. Estes problemas em sua grande maioria fazem com que processos vitais em seu desenvolvimento não sejam realizados como testes e revisões, e sendo assim o produto demonstrado, é freqüentemente repleto de erros, documentação praticamente inexistente e total falta de um histórico de desenvolvimento([BER1999]). Observa-se portanto, que as modificações são praticamente inevitáveis em uma etapa de desenvolvimento e que diversas são as origens que atualmente fazem com que elas aconteçam: os avanços tecnológicos, novas maneiras de implementar facilidades, evolução de um ambiente operacional e em grande parte devido a correção de defeitos. Um dos processos importantes é o de gerência da configuração de software, que tem como finalidade garantir a integridade dos produtos de software, através do controle efetivo do processo de desenvolvimento. A configuração do software compreende todos os itens de informação que são obtidos durante o seu ciclo de vida. O estabelecimento e a manutenção da integridade desses itens de informação constituem o processo de gerenciamento da configuração de software ([PRE1995]). O termo “item de configuração” é usado para definir cada umas das partes em que se pode decompor a entidade de software sob controle. Um item de configuração pode também ser identificado como todo e qualquer ente passível de manipulação, ou seja, que possa ser unicamente identificado e gerenciado. De uma formal geral, [MAR1998] relata que existem quatro atividades básicas a serem cumpridas pelo processo de gerência da configuração: identificação da configuração, controle da configuração, administração de estados e auditagem da configuração. Cabe ainda ressaltar que essa atividades são muito trabalhosas e difíceis de serem aplicadas, e não raramente necessitam de um conhecimento prévio sobre o assunto ou um grau de experiência adquirida anteriormente. Com isto pode-se aplicar o uso de ferramentas de gerenciamento, o que em alguns casos, pode comprometer o atual estágio de desenvolvimento visto a necessidade de se adquirir alguma familiaridade com a ferramenta, bem como um treinamento à toda equipe envolvida no processo. Atualmente existem no mercado algumas opções de software que podem atender a esta demanda. Um exemplo é o Starteam [CHO2000], distribuído no Brasil pela Choose Technologies que permite criar toda a colaboração técnica, dá suporte a Gerência de Configuração, e também a atividades como a Gerência de Projetos. Existem várias normas e modelos que possuem atividades previstas para o gerenciamento da configuração. Para este trabalho pretende-se utilizar: o CMM/SEI (Modelo de Capacidade e Maturidade), a NBR ISO/IEC 12207, a NBR ISO 9000-3 e a ISO/IEC 15504/SPICE. Conforme [SAN1994], o príncipio do modelo CMM/SEI, criado em 1986, é a de que aumentando a qualidade dos processos que compõem a criação do software, aumenta a qualidade do software como um todo. Cabe então, ao modelo poder prover todas as soluções que satisfaçam as necessidades que existem em cada etapa. E seguindo [ABN1997], a ISO/IEC 12207 é uma norma que procura prover uma estrutura que cobre todo o ciclo de vida do software, desde a concepção de idéias até a descontinuação do mesmo, e consiste dos processos de aquisição e fornecimento de produtos e serviços de software. Já a norma ISO 9000-3 trás diretrizes para a aplicação da NBR 19001 ao desenvolvimento, fornecimento e manutenção de software. Esta NBR 9000-3 aborda basicamente situações em que um 'software' específico é desenvolvido como parte de um contrato, de acordo com as especificações do comprador. E por fim a ISO/IEC 15504/SPICE que é uma norma em elaboração conjunta pela ISO(International Organization for Standardization) e pelo IEC(International Electrotechnical Comission), constitui-se de um padrão para a avaliação do processo de software, visando determinar a capacitação de uma organização. Através de um mapeamento realizado destas normas e o modelo de qualidade, pretende-se chegar à um padrão comum no que se refere as atividades que devem ser adotadas neste tipo de processo, tendo como meta o desenvolvimento de uma ferramenta de auxílio á pratica da gerência da configuração.