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| Acadêmico(a): Jean Carlos Franco |
| Título: Aplicativo para reconhecimento de objetos em imagens destinado a pessoas portadoras de deficiência visual |
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| Introdução: |
| A legislação brasileira, através da lei Brasileira de Inclusão de Pessoa com Deficiência, apresenta a seguinte definição para portador de deficiência: Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (BRASIL, 2015, p.1). Esta legislação foi criada visando a inclusão social e a cidadania dos portadores de deficiência. Sua proposta é assegurar e promover, em condições de igualdade, os direitos e liberdades fundamentais do portador de deficiência. Dentre os assuntos tratados na lei, está o compromisso de disponibilizar, criar, facilitar e fomentar a utilização de serviços de tecnologia assistiva que maximizem a autonomia, a mobilidade e a qualidade de vida das pessoas portadoras de deficiência. O censo demográfico do ano de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), aponta que no Brasil existem cerca de 45 milhões de pessoas com pelo menos algum tipo de deficiência, conforme demonstrado na Figura 1 este número equivale a 24% da população. O censo apurou as pessoas com deficiência visual, auditiva, motora e intelectual. A apuração também classifica cada tipo de deficiência em três níveis: não consegue de modo algum, grande dificuldade ou alguma dificuldade, a exceção é a deficiência mental/intelectual que não está classificada em níveis. A contagem de pessoas com algum nível de deficiência visual totaliza mais de 35 milhões de indivíduos e representa cerca de 20% da população. Dentre os deficientes visuais, cerca de 500 mil não conseguem enxergar nada e cerca de 6 milhões de pessoas possuem grande dificuldade (IBGE, 2018). Os detalhes do censo sobre os deficientes visuais são exibidos na Figura 2. Vanzin (2016) descreve que as tecnologias assistivas representam um conjunto de recursos oferecidos às pessoas com deficiência para que elas superem as barreiras que limitam o acesso a recursos aos quais tem direito, melhorando a sua qualidade de vida. Stora (2016) cita como exemplos de tecnologia assistiva uma bengala eletrônica para deficientes visuais, um pé articulado com amortecedor e antiderrapante, softwares como o Virtual Vision, que permitem pessoas com deficiência a utilizar computadores com o sistema operacional Windows. Diante do exposto e da quantidade expressiva de pessoas com deficiência visual, este trabalho apresenta o desenvolvimento de um aplicativo móvel destinado aos portadores de deficiência visual capaz de realizar o reconhecimento de objetos em imagens através da API Cloud Vision com o intuito de oferecer algum auxílio em suas atividades no dia-a-dia. Através desta solução o usuário poderá capturar uma foto do ambiente aonde está e receber informações dos objetos contidos no ambiente como, por exemplo, animais e veículos. |
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