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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Rafael Sabel de Almeida
Título: IRIS: aplicativo para identificação de leucocoria
 
Introdução:
De acordo com a estimativa divulgada pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, a cada minuto uma criança fica cega no mundo. Existem no Brasil aproximadamente 25 mil crianças cegas. Segundo os especialistas, em torno de 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados através de teste simples como o teste do olhinho (BRASIL, 2011). Ledesma et al. (2018) ressaltam que o Teste do Olhinho ainda é pouco conhecido pelos pais. No entanto, tem o poder de detectar muitas doenças visuais precocemente. O exame, segundo os autores, é apontado por profissionais da saúde visual, como uma técnica simples e rápida que possibilita o diagnóstico precoce de catarata, glaucoma congênito, tumores intraoculares grandes, inflamações intraoculares ou hemorragias intravítreas em recém-nascidos. Para Leitão et al. (2017) o teste do olhinho deve ser realizado nas primeiras 48 horas de vida da criança. Ele não é invasivo, agressivo ou doloroso, podendo ser feito em menos de cinco minutos por qualquer profissional habilitado. A realização do teste é feita com um oftalmoscópio direto que emite um foco de luz sobre o olho do bebê, gerando a percepção de um reflexo vermelho. Para Aguiar, Cardoso e Lúcio (2007), o teste do olhinho não tem por objetivo visualizar a retina e suas estruturas, mas sim verificar se existe algum obstáculo à chegada da luz até esta retina, assim como, também é recomendando para realizar a triagem e a detecção da leucocoria. Leucocoria (das palavras gregas leukos = branco e koria = pupila) é uma anormalidade intraocular (MONTANDON JÚNIOR et al., 2004). Ela é um reflexo pupilar anormal, pois a luz incidente na pupila é refletida antes de alcançar a retina. Quando a luz entra no olho através da pupila, a maior parte da luz é absorvida pela retina. No entanto, através da pupila uma pequena quantidade é refletida. Essa luz possui a cor vermelho-alaranjado – cor normal da retina. Em casos de leucocoria o reflexo é esbranquiçado ao invés de vermelho (AMERICAN ASSOCIATION FOR PEDIATRIC OPHTHALMOLOGY AND STRABISMUS, 2016). Para detectar a leucocoria, o oftalmologista pode utilizar uma lanterna ou o oftalmoscópio, que também permite visualizar diretamente o interior do olho. O ultrassom ocular e a tomografia computadorizada também podem ser utilizados de acordo com a suspeita. Outra forma de identifica-la é através de uma fotografia, pois a pupila do paciente com leucocoria fica branca diante do flash da câmera ao invés de ficar vermelha (MINHA VIDA, 2015). Campos e Leite (2016) sugerem que se aparecer no exame alguma alteração no reflexo da pupila, como mancha branca total ou parcial ou qualquer coisa que seja considerado “anormal”, significa que a criança pode ter alguma patologia. Por isso, Cagliari et al. (2016) destacam que é importante observar, desde cedo, o aparecimento de sintomas que sugeram dificuldades oculares, como por exemplo, a movimentação dos olhos nos bebês, se cai ou derruba elementos ao caminhar ou se aproxima demais da televisão ou dos objetos. Os autores também ressaltam que este comportamento se torna relevante não só pela temática da promoção da saúde ocular, mas também, para a saúde global da criança pois a visão tem função importantíssima para o seu desenvolvimento físico e cognitivo. Diante deste cenário, este artigo apresenta o desenvolvimento de um aplicativo para a plataforma Android que ajude na detecção precoce da leucocoria. Este artigo está estruturado da seguinte forma: a segunda seção trata da fundamentação teórica do trabalho, explicando os principais conceitos e técnicas utilizadas no desenvolvimento do aplicativo e os trabalhos correlatos. Na terceira seção é descrito a especificação e o detalhamento da implementação do protótipo e na quarta seção apresenta os resultados dos testes obtidos na validação do mesmo. As conclusões e limitações levantadas a partir do trabalho, assim como sugestões para trabalhos futuros são demonstradas no quinto e último capítulo.