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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Eduardo Ferreira Gehrke
Título: CHATTEREDU 2.0: ferramenta web de auxílio acadêmico utilizando chatterbot
 
Introdução:
Os avanços da ciência e da tecnologia têm sido responsáveis por mudanças em vários segmentos da sociedade, entre os quais o educacional (NASCIMENTO; LUZ; QUELUZ, 2011). Neste cenário, observa-se, como exemplo, a crescente importância que a utilização de ferramentas digitais vem adquirindo, visando auxiliar professores e estudantes no processo de ensino e aprendizagem. Um exemplo de software neste contexto são os chatterbots, que, de acordo com Sganderla, Ferrari e Geyer (2003, p. 2), são definidos como "agentes inteligentes desenvolvidos para simular uma conversa através da troca de mensagens de texto, [...] com o intuito de tornar mais familiar a interação entre o homem e a máquina". Com isso, percebe-se que o uso de tais ferramentas na educação pode ser interessante no que diz respeito ao esclarecimento de dúvidas e à recapitulação de conteúdos. Santos, Silva e Brito (2014) também destacam o aproveitamento de chatterbots com propósitos educacionais devido à relevância que interfaces baseadas em linguagem natural apresentam atualmente, somada à disponibilidade de acesso à internet. Além disso, Chi et al. (1994 apud LE; KOJIRI; PINKWART, 2011) relatam que o uso de perguntas/respostas no processo de ensino e aprendizagem é benéfico, pois fazer perguntas estimula a auto-explicação. Neste âmbito, visando disponibilizar um chatterbot educacional para possibilitar uma conversação sobre textos da educação básica com suporte em conteúdos de Geografia, Martins (2016) desenvolveu a aplicação desktop ChatterEDU 1.0. O seu funcionamento consiste na inserção de um texto pelo usuário, ocorrendo um processamento por meio do qual são identificados os papéis semânticos, também conhecimentos como temáticos , de cada palavra que compõe as sentenças. São gerados, então, pares de perguntas/respostas para uma base de conhecimento em Artificial Intelligence Markup Language (AIML). Assim, torna-se possível que o usuário faça perguntas ao robô ou responda a questionamentos do robô sobre o texto de entrada. A resposta redigida pelo usuário é validada a partir da base de conhecimento previamente gerada. Martins (2016) afirma que um texto para ser processado deve estar gramaticalmente correto e ser composto apenas por sentenças simples com sujeito, verbo e objeto. A autora relata que, mesmo com as restrições estabelecidas, existem sentenças que não são processadas adequadamente, gerando perguntas inconsistentes (incompletas ou contendo parte da resposta), com erros ortográficos ou erros de concordância verbal. Além disso, o usuário deve fazer perguntas e fornecer respostas utilizando a mesma sequência de palavras da base de conhecimento. Por conta disso, mesmo que o usuário responda corretamente uma pergunta, o chatterbot pode retornar erro se a 1 resposta não estiver exatamente como gravada na base de conhecimento.
Apesar das limitações descritas, considerando os benefícios que o ChatterEDU 1.0 pode proporcionar, este artigo descreve a migração da ferramenta para a plataforma web, com a inclusão da geração de questões de múltipla escolha e o aperfeiçoamento do tratamento de papéis semânticos já existentes para evitar gerar perguntas e respostas inconsistentes. Cabe destacar ainda que, no cenário educacional, segundo Papasalouros, Kanaris e Kotis (2008), a aplicação de perguntas de múltipla escolha proporciona a classificação automática de desempenho e feedbacks praticamente imediatos após a conclusão do teste. Além disso, Santos (2015) menciona que a facilidade de acesso à informação permite que atualmente se aprenda em qualquer lugar e a qualquer hora, por meio de dispositivos como computadores e celulares. Considerando-se também a diversidade de ferramentas disponíveis por meio da internet, concebe-se uma importância ao desenvolvimento e disponibilização de aplicações voltadas à educação, com base na tecnologia web.