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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Cauã Scherer
Título: HEPATIC: UM PROTÓTIPO DE APOIO À DESCOBERTA DE FATORES QUE AUMENTAM O OBITUÁRIO DE PACIENTES HEPÁTICOS TRANSPLANTADOS
 
Introdução:
Cita-se o transplante de órgãos como uns dos passos primordiais para o avanço medicinal (MARINHO, 2006). Os responsáveis por iniciarem as técnicas de transplante de órgãos foram Carrel e Ullmann, no ano de 1922. Porém, somente na década de 1960 direcionou-se por Thomas Starzl as linhas de pesquisas para o transplante hepático (PACHECO et al., 2002). Primeiramente, Thomas aperfeiçoou as técnicas em cães, porém em 1963 realizou-se o primeiro transplante hepático em um ser humano. O paciente era uma criança de 3 anos, que morreu no período pós-operatório devido a uma hemorragia (FERREIRA; VIEIRA; SILVEIRA, 2000). Segundo Fonseca e Tavares (2015, p. 2), no Brasil, “o número de transplantes [...] vem crescendo de forma contínua. Onde, em 2007 eram 6,2 doadores por milhão de habitantes e em 2014 atingiu 12,8 doadores efetivos”. No Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) tem- se que no ano de 2017, 2109 transplantes do fígado foram realizados no Brasil, sendo que no estado de Santa Catarina, realizou-se no total de 127 transplantes hepáticos (GARCIA, 2017). Segundo a RBT, só no Hospital Santa Isabel, localizado no município de Blumenau, realizaram-se no total de 1175 transplantes, sendo que em 108 destes transplantes, os pacientes vieram à óbito, representando um índice de 9,19% de mortalidade. Nunes e Moreira (2007) consideram que os transplantes de fígado são necessários, pois o órgão realiza importantes funções vitais essenciais para manutenção da homeostasia 1 corporal . Para Pinto (2016), as causas mais frequentes de doença hepática estão relacionadas ao consumo de álcool (cirrose de Laennec), distúrbios colestáticos (congênitos ou adquiridos) e hepatite viral35. Entretanto, Fonseca e Tavares (2015) também ressaltam que complicações técnicas (na ferida operatória, hemorragias, vasculares, biliares, nutricionais e gastrintestinais), clínicas (imunológicas, infecciosas, pulmonares, cardiovasculares, renais, neurológicas e metabólicas) ou até mesmo uma prescrição médica errada podem influenciar negativamente na sobrevida dos pacientes. Ainda segundo o autor, pode-se encontrar a partir do confronto ou correlação dessas informações, associações que influenciam para a taxa de quase 10% de mortalidade em pacientes transplantados de fígado. Ferreira, Vieira e Silveira (2000) destacam que, após a alta hospitalar, os pacientes devem realizar uma checagem frequente. Mesmo assim, no Brasil os índices de sobrevivência têm sido baixos sendo que em média, 65% dos pacientes transplantados estarão vivos após um ano de transplante e, apenas 61,30% após 5 anos (MIGUEL et al., 2007). Diante deste cenário, este trabalho apresenta o desenvolvimento de um protótipo de software que realize o processo de organização e análise dos dados a partir de históricos clínicos, tendo como objetivo correlacionar fatores que podem influenciar no óbito de pacientes hepáticos transplantados.