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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Jean Pereira
Título: IRIS: UM APLICATIVO PARA PROCESSAMENTO DE IMAGENS PARA DALTÔNICOS
 
Introdução:
Desde o nascimento até os 12 anos de idade o olho cresce e se desenvolve por conta dos estímulos visuais (luz e formas) que nos cerca (FERNANDES, 2012). Sendo a visão considerada o principal meio de aprendizado e informação, os problemas de visão como a miopia, hipermetropia, astigmatismo ou outras carências podem acarretar em consequências no desenvolvimento cognitivo e desempenho de atividades como locomoção e comunicação (MAIA; SPINILLO, 2012). Cerca de 40% das informações recebidas pela visão humana são referentes a cor e além disso são parte fundamental de planos comunicacionais podendo abranger desde a qualificação de um objeto como no controle do fluxo do trânsito, na legenda de mapas, etc. (MAIA; SPINILLO, 2012). Dada a importância da cor como parte fundamental da comunicação, é esperado que pessoas com defeitos na visão cromática como o daltonismo sofram com implicações socioculturais (MELO; GALON; FONTANELLA, 2014). Tsuda (2013, p. 1) definem o daltonismo como “uma deficiência visual que resulta em dificuldade ou impossibilidade de distinguir todas ou algumas cores”. Essa deficiência, segundo Tsuda (2013, p. 1) “é provocada por uma falha ou ausência funcional de algumas das células sensoriais, localizadas na retina, capazes de distinguir as cores, os cones”. Há três tipos conhecidos de daltonismo: o monocromatismo que é quando se percebe luz em apenas um dos cones, o dicromatismo que se refere a quando não se percebe luz em um dos cones e a trricromatismo anômalo que é quando a pessoa percebe luz nos três cones porém de forma ligeiramente reduzida (MANDAL, 2014). Pessoas daltônicas enfrentam dificuldades no dia a dia que normalmente não afeta pessoas sem esse tipo de problema. Esses problemas são diversos como saber se uma fruta está madura, pintar um desenho e escolher uma roupa e/ou praticar esportes. Estima-se que aproximadamente um entre doze homens (8%) e uma em duzentas mulheres (0.5%) no mundo possuem algum tipo de daltonismo (COLOUR BLIND AWARENESS, 2012?). É de conhecimento que não há cura para o daltonismo. Porém, cientistas sabem que filtros facilitam a visualização e, a partir disso, nos últimos anos com o avanço da tecnologia surgiram algoritmos, aplicações e produtos comerciais projetados e desenvolvidos para ajudar pessoas com daltonismo. Geralmente são objetos como óculos ou lentes, ou software disponível em algum dispositivo portátil (SHEPEARD, 2015; TANUWIDJAJA et al., 2014). Com a popularização das tecnologias móveis e dos smartphones é normal que a quantidade de informação que recebemos através deles sejam cada vez maiores e que se tornem parte do nosso dia a dia (MANTOVANI; DANTAS, 2011). Segundo CISCO (2016, p. 1) é esperado que 70% da população mundial usará algum dispositivo móvel em 2020. Ainda segundo o autor: A proliferação dos telefones móveis, incluindo os chamados "phablets" (uma mistura híbrida de recursos do smartphone e tablet) está aumentando com tanta rapidez que haverá mais pessoas com telefones celulares (5,4 bilhões) do que eletricidade (5,3 bilhões), água encanada (3,5 bilhões) e automóveis (2,8 bilhões), em 2020. (CISCO, 2016, p. 1). Os smartphones também possuem grande potencial na medicina e estão começando a oferecer um competidor de baixo custo para diagnósticos médicos caros, principalmente em lugares que acesso a fundos, profissionais e equipamentos é escarço. Um bom exemplo é o uso desses aparelhos nos tratamentos oculares, como por exemplo o NETRA, que utiliza de um acessório para smartphone que auxilia a identificação de ametropias e se demonstra tão efetivo quanto os métodos tradicionais e com isso abre também um novo horizonte em outras áreas médicas (LAKSHMINARAYANAN; ZELEK; MCBRIDE, 2015). Diante deste cenário, este trabalho apresenta o desenvolvimento de um aplicativo capaz de facilitar a visualização de imagens para pessoas portadoras de daltonismo.