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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Rafael Antônio Losi
Título: PROTÓTIPO DE INVENTÁRIO AUTOMATIZADO COM RFID
 
Introdução:
“O dinamismo do mundo globalizado vem exigindo grandes mudanças das organizações” (MACHADO, 2014, p. 1). Segundo Caseiro (2013, p. 8) “as empresas [...] buscam a internacionalização primordialmente nos maiores e mais dinâmicos mercados do globo como forma de reforçar os laços com os clientes”. Essa expansão deve vir acompanhada de um rigoroso controle de gestão para manter a acurácia da informação e antecipar possíveis problemas para que eles não se tornem maiores do que o negócio proposto. As organizações, em face de suas complexidades e seu tamanho, transacionam constantemente seus recursos patrimoniais, ora adquirindo, ora vendendo, ou trocando-os, sempre com o objetivo maior de otimizar os processos e proporcionar maior satisfação, tanto para cliente externo como interno. A gestão dos recursos patrimoniais é, portanto, atividade fundamental na administração empresarial. (POZO, 2010, p.190) Atualmente manter o controle patrimonial com informações atualizadas referentes a localização, responsabilidade e estado do bem, torna-se uma atividade difícil devido a constante movimentação dos mesmos. “A maior dificuldade relatada na gestão patrimonial é a mudança de localização dos bens nos órgãos” (LEÃO; SOUSA, 2014, p. 13). A necessidade de realização de inventários em curtos períodos de tempo para atualizar as informações. Essa é uma tarefa difícil para algumas organizações, visto que isso demanda alocação de recursos pessoais para o levantamento dos bens e controle para que não haja alterações durante o processo de inventário, o que poderia tornar o trabalho inútil ao final. Outra dificuldade relacionada ao processo de inventário é a identificação dos bens, já que comumente é realizada através de plaquetas com um código para tal propósito, tornando a conferência um trabalho demorado, principalmente em locais de difícil acesso ou onde há pouca visibilidade (LEÃO; SOUSA, 2014). A tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) possibilita a rápida identificação de itens mesmo em locais de difícil acesso. Com a variedade de frequências de operação disponível, essa tecnologia pode ser aplicada a diversos ramos necessitando apenas adaptar o processo para a necessidade do cliente. Este trabalho apresenta o desenvolvimento de uma solução aliando a tecnologia RFID a um sistema de informação para identificação de bens patrimoniais e movimentações dos mesmos em tempo real tornando o processo de inventário descomplicado e ágil. Para leitura das etiquetas RFID foi desenvolvido um leitor utilizando uma placa arduino. Para demonstrar o problema que este trabalho trata, foi elaborado o seguinte cenário: Uma empresa de pequeno porte do segmento têxtil é dividida em alguns setores com os seguintes ativos patrimoniais: a) na recepção quatro cadeiras para os visitantes, uma mesa com cadeira, um computador e um telefone para a recepcionista; b) na sala de reuniões uma mesa com seis cadeiras; c) no setor de desenvolvimento duas mesas com cadeiras e computadores; d) na produção quatro mesas com máquinas de costura e cadeiras; e) na sala do proprietário da empresa com uma mesa, cadeira, computador e telefone. A Figura 1 representa o Layout do ambiente descrito para melhor entendimento. Figura 1 - Layout da empresa Fonte: Elaborado pelo autor. Com o passar do tempo o desgaste e manutenção de equipamentos é inevitável. Quando uma cadeira da sala de produção se quebra a mesma vai para manutenção e outra deve ser colocada em seu lugar para que o colaborador continue seu trabalho, então é emprestada uma cadeira da sala de reunião. Na semana seguinte uma reunião é marcada entre o dono da empresa, a estilista do desenvolvimento, a supervisora de produção e três representantes do fornecedor de um produto, mas falta uma cadeira na sala de reuniões então é emprestada uma cadeira da sala de desenvolvimento já que uma colaboradora entrou de férias nessa semana. Agora essa movimentação de bens começa a ficar complexa para ser revertida, então uma solução comumente aplicada nas empresas do mundo real é utilizada nesse caso: a recepcionista começa a lista de bens, localização e responsável em uma planilha eletrônica. O levantamento físico é realizado e a lista de bens começa a ser controlada. Parece uma solução razoável, o problema é que os colaboradores não devem ser incumbidos da tarefa de atualizar status de localização ou responsável pelo bem, afinal isso não faz parte do negócio da empresa nem do processo de produção. Então quando a cadeira que estava em manutenção retorna para a empresa, chega em período de intervalo do almoço, quando a recepcionista que mantém a lista de bens não está presente e um colaborador recebe a cadeira e deixa na sala de desenvolvimento, afinal está faltando uma cadeira lá. Agora a planilha de controle já não representa mais a real situação dos bens. Então o computador da recepção começa a ter problemas de desempenho dificultando o trabalho da recepcionista sendo necessário enviá-lo à manutenção. Agora o controle de bens já não está mais disponível e talvez nem seja mais recuperado. Nesse caso o levantamento físico deve ser iniciado novamente e ainda assim o histórico de movimentações não estará mais disponível, caso a empresa não possua um servidor para efetuar o backup de seus arquivos, evitando assim a perda de informação. Esse é um cenário comumente vivenciado em empresas que não possuem a cultura de adoção de um sistema de informação para gestão de seus processos. A dinâmica do ambiente empresarial conduz a inevitável expansão das atividades. Expansão significa também aumento do ativo patrimonial e proporcional aumento de movimentação de bens. Se para o exemplo de um pequeno negócio o problema pode se tornar complexo, o problema para uma organização com várias unidades pode se tornar incontrolável. A falta de controle do patrimônio gera problemas não apenas quando se trata de saber a localização de um bem ou a quantidade em estoque, mas principalmente porque o balanço patrimonial faz parte dos demonstrativos contábeis que a empresa deve apresentar ao final de cada exercício. No atual cenário onde a informação acompanha as pessoas em vários meios, os negócios acontecem rápido, assim como as mudanças também. Neste contexto, manter o negócio e principalmente o patrimônio sob controle é uma tarefa difícil em face dessas mudanças. Utilização de recursos pessoais para manter o patrimônio atualizado é uma tarefa onerosa por demandar muito tempo de levantamento e conferência de inventário. Um sistema de informação para gestão do patrimônio é a solução ideal para o problema, mas ainda tem a questão de tempo de realização de todo o processo do inventário para ser resolvida. É nesse sentido que a tecnologia RFID pode auxiliar. A tecnologia de identificação por rádio frequência (RFID) possibilita rápida identificação a um custo cada vez menor tornando a relação entre o custo e benefício cada vez mais atrativa. Atualmente já é possível encontrar as etiquetas (tags) para identificação por menos de R$ 2,00 reais, módulos para identificação, para desenvolver leitores, por cerca de R$ 30,00 reais ou leitores prontos para uso por cerca de R$ 50,00. O custo é baixo considerando o benefício que a automação do processo traz ao negócio possibilitando a implantação de organizações de qualquer porte.