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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Rejane Luiza Lingner
Título: BLULIBRAS: dicionário regional de libras
 
Introdução:
Com o avanço tecnológico, surgiram dispositivos com grande desempenho e de custo relativamente baixo, como por exemplo, os smartphones. Os smartphones facilitam a vida de muitas pessoas, pois através deles é possível se comunicar por texto, voz, vídeo, realizar pagamentos, anotar tarefas do dia a dia ou até mesmo usar como uma forma de lazer. O seu uso se torna tão eficiente devido ao bom hardware e sistema operacional que compõem esses dispositivos. Segundo pesquisa realizada por Mander (2014, p. 5), entre as pessoas questionadas, aproximadamente 67% utilizam o sistema operacional Android em seu dispositivo móvel, contra aproximadamente 20% do segundo colocado, o iPhone Operating System (iOS). A popularização dos smartphones com plataforma Android deve-se ao fato desse sistema executar em diversos tipos de dispositivos com preços menores (LORENZONI, 2015). Com tantas funcionalidades ao alcance na mão, por que não facilitar o cotidiano de pessoas com deficiência? As pessoas portadoras de deficiência auditiva, por exemplo, possuem dificuldade para se adaptar à sociedade devido às barreiras existentes na comunicação entre surdos e ouvintes. Os surdos podem ser divididos em dois grupos, os surdos oralizados e os surdos sinalizados. Os surdos oralizados utilizam de aparelhos auditivos ou implantes cocleares, comunicando-se pelas línguas orais-auditivas ou até mesmo fazendo uso da Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS). Os surdos sinalizados se comunicam apenas por sinais, utilizando LIBRAS, porém são poucos os ouvintes que possuem o conhecimento de LIBRAS (SANCHES, 2013, p. 13). Através de LIBRAS, que em 2002 foi reconhecida como meio legal de comunicação (BRASIL, 2002), os surdos sinalizados ganharam um pouco de espaço na sociedade. Com LIBRAS, conforme afirmam Lima et al. (2006), eles conseguem discutir sobre diversos assuntos, tais como filosofia, literatura e política, por exemplo, visto que as línguas de sinais têm se mostrado tão complexas e expressivas quanto às línguas orais. Além disso, as línguas de sinais apresentam uma organização neural semelhante à língua oral, tornando-se importante que crianças surdas aprendam naturalmente a língua de sinais como primeira língua (INSTITUTO SANTA TERESINHA, 2013). No entanto, a língua de sinais não é universal. Cada país pode possuir a sua língua de sinais. Mesmo em países que utilizam da mesma linguagem oral, a língua de sinais pode ser diferente. Em países como o Brasil, por ter um território extenso, a língua de sinais também sofre variações conforme a região (FELIPE, 2010, p. 37). Nesse contexto, uma das dificuldades enfrentadas é a divulgação dos sinais específicos de cada região, que foi relatada em conversa pelo professor de LIBRAS da Universidade Regional de Blumenau, professor Patricio Fernando Vega Garrão. Ele mostrou a dificuldade de difusão dos sinais regionais de Blumenau, tais como os sinais para indicar bairros, terminais de ônibus, shopping centers, órgãos públicos, entre outros. Segundo ele, a única forma de divulgação desses sinais é por meio de aulas ou grupos no WhatsApp, não existindo um meio público para repassar os sinais a todos. Diante do exposto, desenvolveu-se um aplicativo móvel na plataforma Android que servirá para facilitar a difusão de sinais entre a comunidade surda e também entre os ouvintes que têm interesse em conhecer os sinais utilizados em sua região. A lista de sinais pode ser atualizada, quando algum sinal novo surgir na comunidade surda, sendo cadastrado através de uma aplicação na plataforma web, que também foi desenvolvida neste trabalho. Além de tornar disponíveis os sinais de LIBRAS, principalmente os regionais, visto que não existe um meio de fácil acesso a essa informação, a aplicação relaciona locais e notícias referentes à comunidade surda de Blumenau.