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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Kevin Eduardo do Nascimento
Título: VISEDU: editor multiplataforma de jogos de encaixe
 
Introdução:
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2015) mostram que 6,2% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, ou seja, 45,6 milhões de pessoas possuem limitações visuais, auditivas, motoras ou mentais. A pesquisa também mostrou que 0,8% da população brasileira tem algum tipo de deficiência intelectual e desse percentual, 0,5% já nasceram com as limitações e 54,8%, ou seja, mais da metade possui grau intenso ou muito intenso de limitações. Do total de pessoas com deficiência intelectual, apenas 30% frequentam algum serviço de reabilitação em saúde (VILLELA, 2015). Sabe-se que existem várias formas de estimular o desenvolvimento intelectual dessas pessoas com deficiências. Uma dessas é a forma lúdica de aprendizagem, que consiste em aprender por meio de brincadeiras. Segundo Bruner (1986, apud OLIVEIRA, SÁS, SILVA, 2008), o ato de brincar permite ao ser humano explorar e desenvolver habilidades complexas. Ele também acredita que o ato de brincar tem cinco vantagens: a) reduz as consequências relativas aos erros e fracassos; b) permite exploração, intervenção e fantasia; c) imitação idealizada da vida; d) transforma o mundo segundo os nossos desejos; e) diversão. Atualmente, existem vários jogos eletrônicos que servem como auxílio às pessoas com deficiências e, por isso, são classificados como Tecnologias Assistivas (TA). Estes jogos, geralmente, procuram estimular de forma lúdica a fixação de muitos conteúdos de qualquer área de conhecimento. Os jogos de encaixe, em que o usuário deve encaixar símbolos em uma posição, são exemplos de jogos lúdicos. Entretanto, nem todos estes jogos são intuitivos e customizáveis, muitas vezes, dependendo do estado clínico do usuário com deficiência, ele encontrará dificuldades para utilizar a ferramenta, sendo necessário auxílio de outra pessoa. A partir disso, é possível identificar que há um grande caminho a percorrer em relação as ferramentas dentro da área de TA. O projeto Tagarela, voltado a área de TA, desenvolvido por acadêmicos da Universidade Regional de Blumenau, tem como objetivo desenvolver uma plataforma de comunicação alternativa para pessoas com necessidades especiais e facilitar a interação entre envolvidos com a mesma (TAGARELA, 2014). Nesse projeto, existem várias funcionalidades que auxiliam na comunicação de deficientes, as quais estão presentes em um único cenário, ou seja, não é possível customizá-las para cada usuário. Porém, uma das atividades, ainda não implementada do Tagarela, é proporcionar um ambiente adaptável para todos usuários (pessoas com deficiência), em que o especialista e o tutor possam se comunicar, com o objetivo de trabalhar e melhorar a capacidade de comunicação do usuário. Diante do exposto, foi desenvolvido um editor multiplaforma de jogos de encaixe, que permite a adaptação de cenários de jogos para cada tipo de usuário, utilizando o conceito de TA e explorando a forma lúdica de aprendizagem.