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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Jean Carlos Kruger
Título: SAME: SISTEMA DE APOIO AO MONITORAMENTO DE ENCHENTES
 
Introdução:
A mesorregião do Vale do Itajaí, formada pelas cidades às margens do rio Itajaí, tem vivenciado desastres naturais decorrentes das chuvas, principalmente com as cheias. Isso ocorre pela ocupação desordenada desde os primeiros colonizadores. Conforme relata Siebert (2009, p. 40), “gradualmente, as clareiras, na beira dos rios, foram ampliadas, com a remoção da floresta nativa também nas encostas para a formação de passagens”. Como consequência, nas últimas décadas o Vale do Itajaí vem sofrendo com enchentes ocasionadas por fortes chuvas. Desde as primeiras enchentes viu-se a necessidade de desenvolver ações para combater o problema das inundações. Com medidas não-estruturais, isto é, medidas como normas para conscientização da população, sistemas de monitoramento e alerta, com o fim de diminuir os impactos. Para isso, em 1983, a Universidade Regional de Blumenau (FURB) criou o “Projeto Crise”. Após alguns anos, parte das ações deixou de fazer parte do Projeto Crise e foram incorporadas ao Centro de Operação do Sistema de Alerta da Bacia do Itajaí (CEOPS), atuando com as medidas não-estruturais e os planos de ação e estratégias (CEOPS, 2016). Uma das ações desenvolvidas pelo CEOPS é a operação do sistema de alerta de cheias. Quando o nível do rio Itajaí está em estado de atenção (nível do rio acima de 5 metros) e continua em elevação, é realizada a previsão do nível do rio para as próximas horas. Boletins são publicados pelo CEOPS, de hora em hora, com estimativas de elevação e precipitação do nível do rio Itajaí (CEOPS, 2016). Processos e ferramentas de auxílio se tornam fundamentais para apoiar a operação do sistema de alerta. Ele ajuda a prever o nível das cheias, torna-se importante, uma vez, que com certa antecedência, a população pode ser avisada pela Defesa Civil Municipal sobre o evento e pode tomar medidas para que seu patrimônio humano e físico seja preservado ou que sofra o menor impacto possível (MANCHEIN, 2014, p. 56). São exemplos os modelos matemáticos desenvolvidos por Cordero et al. (1998) e Cordero et al. (2010), os quais permitem estimar o nível do rio com horas de antecedência. Com base no supracitado foi desenvolvido um portal web para auxiliar na previsão do nível do rio Itajaí, em tempo real, com antecedência de 6 e 8 horas para os municípios de Blumenau e Rio do Sul utilizando modelos de previsão hidrológica baseada na modelagem matemática ARMAX