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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Gabriela Cristina Paludo
Título: Easyscore: um protótipo para facilitar a leitura de partituras em dispositivos móveis
 
Introdução:
A música é muito presente na vida das pessoas. Todos os dias as pessoas ouvem algum
tipo de música, mesmo que sem querer, ao caminhar na rua ou por causa de um vizinho
barulhento. Existem estudos que comprovam a influência da música no desempenho escolar e
até ao fazer exercícios. Abordando-se a música como vetor motivacional, esta tem uma
representação neuropsicológica extensa (HEILMAN et al., 1986).
Conforme Gandelman (2012), antes do século IX as músicas eram registradas apenas
na memória. Por volta deste século, para auxiliar os que cantavam e tocavam instrumentos,
foram criados símbolos que acompanhavam os textos apresentados. Gandelman ainda cita que
até o século XIII, a música cantada era predominante e havia pouca música instrumental, por
isso, existia uma forte ligação entre a música e a palavra. Foi após a criação do primeiro
relógio na cidade de Londres, no século XIII, que surgiu a ideia de medir a duração dos sons.
Inicialmente as músicas eram gravadas de formas variadas, com símbolos
representando as notas e, conforme citado por Rezende (2008), o ritmo musical era dado pelo
ritmo das palavras. Cada região tinha uma forma diferente de notação. A padronização da
escrita musical ficou mais forte com os copistas profissionais, que não estavam acostumados
às peculiaridades da escrita de cada região, e as ordens religiosas tornaram obrigatória a
squore notation para os livros de canto.
A necessidade de gravar o ritmo foi aumentando com a dificuldade percebida ao
escrever os sons de várias vozes numa música. Franco de Cologne desenvolveu um sistema
que permitia indicar os modos rítmicos. A partir disso, no século XIV, foram desenvolvidos
quatro níveis principais de valores das notas (REZENDE, 2008).
Assim foi se desenvolvendo a partitura, que é uma forma de armazenar as informações
de uma música. Os músicos normalmente carregam consigo pastas com várias partituras
impressas em folhas de papel. Uma música pode ter várias páginas de partituras com a forma
de reproduzir os sons criados para cada instrumento.
A música é bastante presente na sociedade e os dispositivos móveis também estão
ocupando seu espaço. Conforme dados do IBOPE (2013), o número de pessoas com 10 anos
ou mais que possuem smartphones com acesso à internet cresceu 42% de janeiro a julho de
2013. As pessoas dificilmente ficam longe de seus celulares e tablets. Estes dispositivos estão
com uma capacidade de armazenamento e processamento cada vez maior. Para o conforto dos
usuários, vários aplicativos foram e estão sendo desenvolvidos para estes aparelhos,
permitindo rápido acesso a diversas funcionalidades.
Entre os sistemas operacionais utilizados nos dispositivos móveis, o Android tem
quase 80% do mercado de smartphones, conforme pesquisa realizada pelo International Data
Coporation (IDC) Worldwide Mobile Phone Tracker em 7 de agosto de 2013 (IDC – PRESS
RELEASE, 2013). No mercado de tablets, cerca de 63% dos sistemas operacionais utilizados
são Android (MARKETWATCH, 2013).
A maioria dos aplicativos disponíveis para leitura de partituras atualmente são somente
para computadores pessoais, conforme Brandão (2013) e mesmo assim, não são específicos
para leitura de partituras. Os aplicativos existentes que possuem funcionalidade para leitura de
partituras são mais robustos e focam na edição e criação de partituras, que normalmente são
geradas pelos aplicativos e depois impressas para leitura.
Os aplicativos para dispositivos móveis que auxiliam na criação de músicas e no
aprendizado de instrumentos musicais costumam usar pouco a partitura pela dificuldade de
visualização, ou utilização pelo usuário. Caso um músico queira acessar uma partitura pelo
seu celular ou tablet, é comum ele ter que ficar manipulando o aparelho para visualizar a parte
da música a ser reproduzida.
Para execução de músicas em grupo, com vários instrumentos musicais, não são
conhecidas aplicações que sincronizem a leitura de partituras. Cada músico possui uma
partitura diferente e precisa acompanhar atentamente o compasso em que a música está para
não antecipar ou adiar a reprodução de sua parte. O desenvolvimento de um aplicativo que
sincronize partituras em dispositivos diferentes poderia facilitar o acompanhamento da
música.
Neste contexto, este trabalho visa criar em protótipo que facilite a leitura e
visualização da partitura em um dispositivo móvel. Além da facilidade para ler e levar
partituras no seu aparelho, o protótipo proposto também tem como objetivo sincronizar mais
de um dispositivo para que ao executar uma música, todos estejam visualizando o mesmo
compasso na partitura.