Informações Principais
     Resumo
     Abstract
     Introdução
     Conclusão
     Download
  
  
  
 
Introdução
 
 
Acadêmico(a): Marcel Alessi Soccol
Título: Desenvolvimento de um Eletronic Data Interchange utilizando a Tecnologia CML Aplicado no Sistema parceiro do Frete
 
Introdução:
Devido ao grande volume atual de transporte de mercadorias, o cenário logístico, no Brasil, cresceu consideravelmente nestes últimos anos. Para Monteiro e Bezerra (2003, p. 7), a logística é tudo aquilo que envolve o transporte de produtos (entre clientes, fornecedores e fabricantes), o estoque (em armazéns, galpões, lojas pequenas ou grandes) e a localização de cada participante da cadeia logística ou cadeia de suprimentos.
Para otimizar o processo de troca de dados entre transportador e embarcador, várias tecnologias são utilizadas, mas todas elas carecem de algum fator, fase, ou etapa de processo, que otimize todo o fluxo e não somente parte dele (DALFOVO, 2007, p. 63). Com isso, empresas integram suas informações em seu Enterprise Resource Planning (ERP). Conforme Guia do ERP (2012), o ERP é um tipo de software destinado à gestão das operações das empresas. Integra as transações realizadas pelos departamentos, aumentando a eficiência dos processos e provendo informações para a gestão.
Para Buckhout, Frey e Nemec (1999, p. 35), ERP é um software de planejamento dos recursos empresariais que integra as diferentes funções da empresa para criar operações mais eficientes. Integra os dados chave e a comunicação entre as áreas da empresa, fornecendo informações detalhadas sobre suas operações. Os ERPs precisam conferir, atualizar, conjugar, reportar e validar as informações recebidas. Precisam também executar o processo parcial, pois os mecanismos atuais não dão liberdade para confiabilidade total e, também, as empresas não se sentem muito seguras do modo como o processo tramita. Outro fato também é que muitas empresas não utilizam nenhuma tecnologia para troca de dados, fazendo-o manualmente, imprimindo relatórios e negociando presencialmente.
Ainda com a finalidade de otimizar a troca de dados, empresas de transporte integram o Transportation Management System (TMS), que tem como finalidade gerar o Conhecimento de Transporte eletrônico (CTe). O CTe é gerado através da Nota Fiscal eletrônica (NFe) enviada pelo embarcador. O CTe emitido pelo TMS é enviado ao embarcador que, muitas vezes, possui erros no cálculo do frete que não são verificados. Para César (2010, p. 3) TMS \'é um software que pode funcionar incorporado ao ERP para a administração do transportes, que permite ao usuário visualizar e controlar toda sua operação logística.\'
A troca de documentos eletrônicos gerados pelo embarcador é feito pelo TMS, baseando-se no padrão Eletronic Data Interchange (EDI). O EDI conceitua-se como uma ferramenta estratégica utilizadas pelas empresas, principalmente na relação cliente-fornecedor. O EDI pode ser definido como o movimento eletrônico de informações entre o comprador e o vendedor, com o propósito de facilitar uma transação de negócios (HANSEN; HILL, 1989, p. 18).
Para suprir a lacuna existente, este projeto implementou um sistema, aplicado ao Parceiro do Frete, utilizando-se da tecnologia eXtensible Markup Language (XML), baseado no padrão de EDI, objetivando confiabilidade na troca de informações entre transportador de mercadorias e o embarcador de mercadorias, viabilizando e otimizando o processo total.
O sistema Parceiro do frete possui uma ferramenta para comparativo de frete, denominada de Integrador de Frete (IF). O processo de comparação de fretes é realizada de forma manual, onde o usuário deve entrar no sistema, cadastrar seus arquivos eletrônicos -NFe e CTe - e escolher quais arquivos deseja comparar. Essa ferramenta permite ao usuário embarcador de mercadorias visualizar discrepâncias entre o valor do frete combinado e o valor do frete cobrado.
A tecnologia XML foi escolhida por ser um dos padrões mundiais de troca de dados e também, devido a grande quantia de empresas que a utilizam. O XML, segundo Polidoro (2007, p. 31), auxilia as empresas pequenas, com baixo orçamento para investimento em tecnologias a trabalhar com EDI. O autor afirma ainda que a rapidez no processo de compra e venda utilizando o formato XML é tão superior que está se tornando um pré-requisito no fechamento de um acordo entre parceiros comerciais para a utilização do EDI.