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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Rodrigo Bambineti
Título: Ferramenta de reconhecimento de gestos da mão
 
Introdução:
A fala é sem dúvida a maneira mais prática de comunicação entre pessoas. Algumas pessoas possuem limitações nas cordas vocais, sejam elas oriundas de doenças naturais, deficiências auditivas ou causadas por acidentes. Tais pessoas necessitam aprender outra forma de comunicação, que é a língua de sinais. Segundo Viader, Pertusa e Vinardell (1999, p. 54), a língua de sinais é a “língua própria das pessoas surdas, usando sua estrutura, sintaxes e gramáticas próprias, sem o uso simultâneo e alternativo da língua falada. Respeita-se seu status lingüístico como língua. Se expressa com elementos prosódicos e reflexões próprias”. No Brasil a língua de sinais é conhecida como LIBRAS. Uma justificativa para o empenho em aprender a língua de sinais, é que a linguagem corporal é responsável por 80% das nossas impressões durante uma interação, e que as pessoas aprendem mais da metade do que sabem a partir de informação visual (FISCHER, 2000, p. 18). É comum deparar-se na rua com uma pessoa fazendo gestos para outro indivíduo, indicando localizações, quantidades, sinais de confirmação e até mesmo certas ofensas. Alguns destes sinais possuem o mesmo significado expressado em LIBRAS, outros não. Ocorrem situações em que uma pessoa que fala normalmente e um libriano são postos para conversar e apesar da similaridade dos comportamentos, o diálogo provavelmente não ocorre. O libriano com o passar do tempo adquire a capacidade de interpretar a fala, apenas pelos movimentos de boca e lábios. O contrário não se aplica, sendo que uma pessoa que fala normalmente não tem o hábito de ler os lábios, pois a fala não causa a necessidade de observar e interpretar a leitura dos lábios. O desafio proposto é utilizar um ambiente controlado para reconhecer os gestos de uma mão como os gestos de um libriano. Estes gestos devem ser processados através de imagens digitais, expressos através das configurações dos dedos, mãos e braços sem o uso de marcações especiais. O reconhecimento dos gestos pode ser feito inicialmente com imagens contendo apenas a região da mão, o que minimiza esforços na localização das partes do corpo humano, a fim de encontrar a região da mão. Esta forma de determinação é uma tarefa difícil, pois o ator pode assumir diferentes posturas, expressar-se em diferentes ambientes, estar usando roupas semelhantes ao tom de pele, entre outros fatores que dificultem o tratamento das imagens para posterior reconhecimento de gestos. Os gestos em LIBRAS constituem um artefato para validar este trabalho, podendo ser aplicando a um futuro software que auxilie os librianos. Técnicas de tratamento de imagens são utilizadas para permitir isolar ruídos e separar informações utilizadas no reconhecimento dos gestos. Mesmo com a separação destas informações, o reconhecimento não é uma tarefa trivial, muitas vezes exigindo-se a utilização de técnicas de inteligência artificial, por exemplo, Rede Neural Artificial (RNA), principalmente quando o ambiente não é controlado (imagem de fundo constante). A manipulação sobre o ambiente torna-se uma premissa para viabilizar o reconhecimento do gesto da mão do corpo humano. Logo, ambientes variados, onde existem grande concentração de ruídos e variação de luminosidade tornariam o trabalho ainda mais complexo.