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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Felipe Koche Ambrosio
Título: SE.RPG 2.0: Uma nova versão do Software Engineering Roleplaying Game
 
Introdução:
A globalização tem provocado uma mudança do paradigma pedagógico de ensinar,
onde a utilização do computador e as novas técnicas de ensino auxiliam a troca de
conhecimento entre aluno e professor. O uso de jogos que estimulam a criatividade e
aumentam a motivação de aprender já são temas amplamente pesquisados e discutidos,
conforme Oh e Hoek (2001, p. 1). As perspectivas das áreas do saber exigem que o modelo
educacional esteja atento a uma realidade que se transforma a cada momento, onde a
tecnologia está cada vez mais presente nas salas de aula.
Prince (2004, p. 2) comenta que o objetivo do paradigma educacional é fazer com que
o aluno não apenas saiba fazer, mas principalmente compreender, e que formar um indivíduo
para um mundo globalizado envolve a capacidade de utilização dos recursos diversificados da
computação. Andrade (1997) enfatiza que o computador deve ser utilizado não apenas como
ferramenta pedagógica, ou como substituto do professor, a proposta é criar ambientes
enriquecidos com a tecnologia, em que o professor seja o dinamizador das experiências e
atividades pedagógicas.
A utilização de softwares como ferramenta cognitiva na área da Educação, além de
expor o conteúdo de uma maneira mais motivadora, auxilia tanto os alunos quanto os
professores a atingirem seus objetivos educacionais, pois permite a resolução de problemas de
forma dinâmica, o que estimula o desenvolvimento do senso crítico. Valente (1999, p. 71)
afirma que todo software, desde processadores de texto a softwares multimídia e jogos, possui
características que podem favorecer o crescimento do processo de construção do
conhecimento.
Dentre os diversos tipos de jogos existentes, o Roleplaying game (RPG) é um que se
destaca na área da educação. A dinâmica de um jogo de RPG, onde várias “personagens”
interagem entre si, o torna uma excelente ferramenta educacional promovendo a socialização,
cooperação, criatividade, interatividade e interdisciplinidade (KLIMICK, 2003).
Segundo Zuchi (2000, p. 84), o RPG como instrumento de ensino é uma ferramenta
para simulações práticas em sala de aula, incentivando a criatividade, a motivação e um
melhor entendimento sobre determinado assunto. Ele é adaptável a qualquer matéria ou
conteúdos didáticos, para crianças, adolescentes ou adultos.
A disciplina de Engenharia de Software é tipicamente introduzida aos estudantes da
seguinte maneira: a teoria geral é apresentada numa série de aulas e posta numa prática
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(limitada) em um projeto em sala de aula. Apesar de parecer uma aproximação razoável, é
insuficiente, por si só, para comunicar efetivamente a dinâmica fundamental do processo de
desenvolvimento de software do mundo real (NAVARRO; HOEK, 2002).
Figueiredo et al. (2006, p. 1) afirma que apesar de o professor poder explicar assuntos
relacionados à gerência de projetos, planejamento, documentação e teste de um software,
problemas encontrados em grandes projetos, não são satisfatoriamente cobertos na prática em
uma disciplina.
Neste contexto, Molléri (2006, p. 3) propôs utilizar o RPG como apoio ao ensino de
Engenharia de Software, através de um jogo denominado Software Engineering-Roleplaying
Game (SE•RPG), mais especificamente, abordando gerenciamento de projetos e ciclo de vida
de desenvolvimento. O cenário do jogo é uma empresa de desenvolvimento de software
fictícia, onde o jogador deverá optar por um objetivo apresentado pelos clientes.
O gerente de projeto (papel do aluno) deverá definir a maneira como o projeto será
desenvolvido, o modelo de desenvolvimento, a linguagem de implementação e contratar as
personagens que irão compor a sua equipe para a realização da tarefa. Durante o processo de
desenvolvimento, é possível verificar as estatísticas de progresso de cada tarefa, distribuir
atividades e analisar a produtividade de cada personagem, bem como contratar ou demitir
funcionários. Com a conclusão do projeto é possível realizar a entrega do software ao cliente.
Após isso, o jogo apresenta um resumo sobre o prazo, tempo de entrega e ações do jogador.
No entanto, nem todas situações vivenciadas em uma empresa de desenvolvimento de
software são contempladas pelo SE•RPG. Sendo assim, propõe-se ampliar o escopo do SERPG,
objetivando novas opções de escolha para as ações e desenvolvimento do projeto, uma
nova característica das personagens e o acontecimento de efeitos aleatórios durante a
realização do projeto, aproximando ainda mais as situações ocorridas durante o jogo com as
que ocorrem no cotidiano de uma empresa de software.