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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Juarez Bachmann
Título: Aplicativo Web para Definição do Modelo Lógico no Projeto de Banco de Dados Relacional
 
Introdução:
Segundo Heuser (2000, p. 77), no mercado de software há um claro predomínio dos sistemas gerenciadores de banco de dados (SGBD) do tipo relacional, até mesmo nas plataformas de grande porte (grandes corporações), onde sistemas hierárquicos, de rede ou proprietários vêm sendo substituídos por sistemas relacionais. Esta realidade faz com que seja necessário dar um enfoque cada vez mais expressivo no processo de projeto de banco de dados relacionais, para garantir que a estrutura criada atenda requisitos como performance aceitável na recuperação dos dados, por exemplo.
De acordo com Heuser (2000, p. 9) o processo de projeto de banco de dados pode ser dividido, basicamente, em duas fases:
a) modelagem conceitual, onde é construído um diagrama que captura as necessidades da organização em termos de armazenamento de dados, sem a preocupação com a forma como esta estrutura será implementada;
b) projeto lógico, que transforma o modelo conceitual em um modelo lógico, definindo como o banco de dados será implementado em um tipo específico de SGBD.
Cougo (1997, p. 157) enfatiza que muitos autores que abordam o tema da modelagem de dados, direcionam o processo diretamente para o nível lógico. Muitas empresas desenvolvedoras de software seguem o mesmo princípio, ou seja, não executam a etapa de modelagem conceitual e, através de ferramentas do tipo Computer Aided Software Engineering (CASE), implementam apenas o modelo lógico.
A variedade de ferramentas CASE existentes no mercado com o propósito de auxiliar na modelagem de bancos de dados relacionais é muito grande, sendo que na sua grande maioria elas têm características em comum, como a possibilidade de modelar os dados de forma gráfica (desenhando tabelas e relacionamentos) e salvar os modelos criados em arquivos binários, que podem ser enviados a outras pessoas e utilizados por elas, desde que estas utilizem a mesma ferramenta. Outra característica marcante presente nestes softwares é a necessidade de instalá-los no computador do usuário, isto é, são aplicações desktop, sendo que algumas necessitam de licença para serem executadas e outras são consideradas de código aberto, podendo ser instaladas e utilizadas sem a necessidade de pagamento.
Algumas aplicações desktop exigem, além de um alto custo para aquisição, instalação e manutenção, uma estrutura de hardware que as comporte, sendo que o nível de exigência de hardware é diretamente ligado ao tamanho e sofisticação dos softwares. Outro fator importante deste tipo de software é a dificuldade que pode haver em atualizá-lo, caso o mesmo esteja instalado em inúmeras máquinas dentro de uma empresa, pois a atualização precisará ser feita em cada uma delas, o que pode demandar muito tempo e recursos financeiros.
Uma alternativa interessante para amenizar eventuais problemas decorrentes destas características dos aplicativos desktop é a internet, que vem passando por transformações significativas nos últimos anos. Neste momento, a web está virando uma plataforma: todo tipo de aplicativo é executado no browser (FORTES, 2006, p. 44). Inicialmente, foram os serviços de e-mail que saíram do desktop e foram disponibilizados na grande rede mundial de computadores. Agora, já há editores de textos, planilhas, agendas, diários, álbuns de fotos, enciclopédias e muitos outros serviços como estes. Além disso, diversos softwares corporativos são executados nos navegadores, como os portais de compras, por exemplo. Kurniawan (2002, p. XIV), ratifica esta situação, afirmando que um browser não é mais utilizado apenas para exibir páginas estáticas na internet, pois é muito comum vê-lo sendo utilizado como um cliente de um aplicativo.
Diante deste contexto, pode-se dizer que há uma grande tendência de transformar os aplicativos desktop em ferramentas para o ambiente web e os softwares de modelagem de banco de dados também podem ser enquadrados nesta situação.