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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Pablo dos Santos Alves
Título: Sistema de Agendamento e Gerenciamento de Consultas Clínicas
 
Introdução:
A Tecnologia da Informação (TI) é utilizada atualmente no intuito de permitir dinamizar processos, medida essencial para o sucesso das organizações. Esta realidade é cada vez mais comum a empresas e profissionais autônomos do segmento da saúde.
O médico e outros profissionais de saúde lidam constantemente com um grande volume e complexidade de conceitos e procedimentos. Este contato diário, através do acesso e manipulação da informação, está relacionado diretamente com a qualidade e a eficácia da assistência ao paciente. Portanto, qualquer solução que ajude esse trabalho passa a ser essencial, e de uso praticamente obrigatório (SABBATINI, 1999, p. 1). Fez-se necessário, por conseguinte, o estudo e implementação de sistemas no intuito de melhorar a comunicação, entendimento e gerenciamento de informações em saúde.
Conforme Costa (2001, p. 29), “a saúde tem um mercado altamente distribuído, que precisa compartilhar informações e isso é feito atualmente, na maioria das vezes, de forma manual, principalmente no Brasil, e na maioria dos casos isso ocorre de forma ineficiente.” As clínicas hoje em um número considerável de casos, contam com meios não automatizados para controle de tarefas fundamentais.
Uma problemática analisada foi o agendamento e gerenciamento de consultas clínicas. Em muitas situações este controle é feito de forma manual, através de fichários de papel. O registro de consultas em papel apresenta diversas limitações, tanto práticas como lógicas, sendo ineficiente para o armazenamento e organização dos dados (SABATTINI, 1982, p. 15). Podem-se destacar diversas desvantagens em relação ao registro eletrônico, como: a agenda pode estar somente num único lugar ao mesmo tempo, elegibilidade, ambigüidade, perda freqüente da informação, dificuldade de pesquisa coletiva, falta de padronização, dificuldade de acesso e fragilidade do papel.
Em alguns casos o controle é feito por softwares que não foram desenvolvidos especificamente para essa finalidade, como por exemplo, utilização de planilhas e documentos eletrônicos de texto.
Este tipo de prática acaba trazendo certos problemas aos profissionais da saúde, como dificuldade de manipulação, organização e acesso às informações de consultas dos pacientes.
Uma das principais contribuições à inovação no desenvolvimento de soluções que pode ser considerada, é a utilização da Internet e seus importantes recursos. Segundo Costa (2001, p. 30), “a área de saúde, mesmo com o histórico atraso no uso de novas tecnologias, vem crescentemente aderindo à Internet e fazendo uso desta sob diferentes aspectos, desde processos administrativos até a assistência ao paciente.”
Portanto, utilizou-se das grandes vantagens trazidas por aplicações WEB, no desenvolvimento de um aplicativo de agendamento e gerenciamento on-line de consultas clínicas, eliminando ou reduzindo drasticamente problemas identificados na utilização de ferramentas não automatizadas.
Um importante aspecto das soluções WEB concebidas atualmente, é a facilidade de personalização e gerenciamento. Estas características são incorporadas em um conceito denominado portal corporativo. “Atualmente existem muitos sites na Internet brasileira, conhecidos como portais (com a função de portas de entrada ou pontos de partida) com informações exclusivas na área de saúde.” (CARVALHO JUNIOR, 2002, p. 54). Este tipo de tecnologia agrega informações e serviços, de forma que a maior parte das operações que o usuário deseja efetuar possa ser feita dentro do portal (SANTOS, 2005, p. 54).
Para desenvolvimento dos aplicativos que são disponibilizados dentro do Portal, por exemplo, a agenda de consultas, foi necessário uma Application Programming Interface (API) e um paradigma. Na linguagem de programação Java, essa API e conceito são definidos através da especificação de Portlets (SANTOS, 2005, p. 54). Portlets são fragmentos customizáveis de páginas feitas utilizando a HyperText Markup Language (HTML). Esta tecnologia gera conteúdo interativo e dinâmico de forma personalizada, automatizando o processo de gerenciamento dos agendamentos clínicos.
Um fator importante considerado no que tange ao desenvolvimento da aplicação, foi a falta de heterogeneidade em relação aos Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados (SGBDs), fazendo com que o sistema ficasse dependente do SGBD para o qual foi desenvolvido. Existia ainda a dificuldade de implementação e manutenção da camada de persistência . A fim de solucionar estes problemas utilizou-se o Hibernate como provedor da Java Persistence API (JPA), que conceitualmente é um framework de acesso a banco de dados, construído na linguagem Java. O mesmo realiza o mapeamento das tabelas do modelo relacional para classes da linguagem, servindo como uma ponte entre a aplicação e o SGBD.
O controle transacional com o Banco de Dados (BD) foi implementado utilizando a tecnologia Enterprise JavaBeans 3.0 (EJB 3.0) e o padrão de projeto Data Access Object (DAO), garantindo uma hierarquia flexível e escalável para a camada de persistência.
Ainda focando aspectos de desenvolvimento, a fim de propiciar a divisão de camadas e garantir a modularidade da aplicação, utilizou-se o padrão de projeto Model View Controller (MVC) que, conforme definição de Lozano (2004, p. 22), “[...] é um padrão pelo qual componentes de uma aplicação são classificados como componentes de Modelo, Visualização e Controle.” A utilização de um padrão como o MVC trouxe reusabilidade, extensão e facilidade de manutenção à aplicação. Este padrão foi implementado de forma robusta pela utilização do framework Java Server Faces (JSF), que também trouxe a facilidade de organização do fluxo de navegação entre as diferentes páginas da aplicação.