PET Biologia capacita servidores sobre serpentes

PET Biologia capacita servidores sobre serpentes

Foto: CMC

Com a chegada da estação mais quente do ano, as aparições e encontros com cobras e serpentes ficam mais frequentes. Foi pensando nisso que o Programa em Educação Tutorial de Biologia (PET Bio) da Universidade Regional de Blumenau (FURB) realizou um treinamento com os prestadores de serviços gerais e de jardinagem da Divisão de Administração do Campus (DAC).
 
A necessidade deste treinamento com os servidores da FURB foi identificada após relatos de encontros com serpentes no campus 5. A coordenadora do Serpentário do curso de Ciências Biológicas da Universidade, professora Simone Wagner, conta que recebeu vários desses relatos e foi a partir disso que começou a se perguntar “se a gente tem as informações, se a gente faz educação ambiental, por que a gente não faz isso dentro da Universidade com as pessoas que têm maior probabilidade de encontro com as serpentes?”.
 
A partir daí, juntamente com a equipe de bolsistas do PET, foram realizados treinamentos tanto no campus 1 quanto no campus 5 da FURB. Entre os conhecimentos repassados durante as atividades estão os protocolos de segurança para evitar acidentes com cobras e, também, sobre o que fazer caso ocorra uma picada.
 
Vitor Gonçalves, bolsista PET, elenca como uma das principais medidas de segurança em encontros com esses animais, manter distância de no mínimo 1,5 metros, para que, dessa forma, mesmo que a serpente dê um bote para se defender, não conseguirá alcançar a pessoa. Além disso, é importante tirar uma foto do animal para que a Polícia Militar Ambiental ou os bombeiros, que devem ser contatados após o encontro, possam identificar a espécie e levá-la para outra localidade.
 
Já em casos de picada, o bolsista orienta sobre o que fazer e o que não fazer. Em um primeiro momento é necessário fazer a limpeza do ferimento com sabão e água, tirar uma foto da serpente para identificação da espécie, e fazer o encaminhamento da vítima para um hospital, ou ligar para o Corpo de Bombeiros no número 193. É importante registrar uma imagem do animal para que os especialistas consigam identificar a espécie, e assim o veneno, para realizar o tratamento correto.
 
Os bolsistas também orientam para não cortar a área do ferimento, chupar a picada para retirar o veneno ou fazer um torniquete para evitar que o veneno se espalhe, “são medidas populares, mas que a ciência já comprovou que mais atrapalham do que ajudam”, explicam os estudantes. “Em muitos casos realizar algum desses procedimentos pode apenas piorar a situação, causando infecções”, observa a professora Simone.  
 
Além disso, no treinamento também foi abordada a identificação das espécies de cobras e serpentes encontradas na região, como a cobra coral, falsa e verdadeira, a dormideira, a jararaca e a jararacuçu.
 
“Essas informações são importantes porque esses animais são essenciais para o equilíbrio ecológico, para o nosso ambiente. Eles são predadores de pequenos roedores, inclusive ratos, que transmitem doenças como a leptospirose. Ou seja, a gente precisa manter um equilíbrio. A reação não deve ser matar (a serpente), deve ser a de retirar o animal do local onde ele oferece risco, ou deixar ele ir embora, se isso for possível”, explica Simone.
 
Na reportagem da FURB TV é possível encontrar mais informações sobre o treinamento realizado com os servidores da FURB e sobre como reagir a encontros com cobras e serpentes. 
 
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