Meninas Digitais FURB participam de evento em Itajaí

Meninas Digitais FURB participam de evento em Itajaí

Foto: Meninas Digitais do Vale

Um grupo de 18 meninas de 13 a 15 anos de Blumenau teve um dia diferente na semana passada. Elas participaram do evento de computação “Computer on the beach”, em Itajaí, e mostraram que mexer em computadores, fazer programação e criar jogos digitais é algo que toda garota pode fazer.
 
A iniciativa faz parte do projeto de extensão Meninas Digitais Vale do Itajaí, da Universidade Regional de Blumenau (FURB) e já é uma tradição. Todos os anos, a FURB leva um grupo de meninas para o evento no litoral, que este ano chegou à 13ª edição. Realizado no Campus Itajaí da Univali, participaram da atividade profissionais, pesquisadores e estudantes da área de computação.
 
Na quinta-feira, 5 de maio, as estudantes saíram cedinho de Blumenau e seguiram até Itajaí. Em comum, o fato de que todas estão inscritas na Casa de Acolhida São Felipe Neri, de Blumenau, com o apoio do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), que conseguiu o transporte. Na Casa elas participam de atividades no contraturno escolar e se preparam para a inserção no mercado de trabalho.
 
Com o apoio do projeto Meninas Digitais, elas poderão ter uma perspectiva de atuação em uma área profissional que vem crescendo em Blumenau e região e que carece de mão de obra feminina: a informática. 
 
Um dos objetivos do projeto consiste em reduzir a disparidade de gênero no setor tecnológico com iniciativas de empoderamento no âmbito educacional e no mercado de trabalho da região do Vale do Itajaí.
 
Em Itajaí, elas colocaram em prática o pensamento computacional utilizando o jogo “O caminho delas”, produzido pelo projeto Elas Digitais, do IFSC, Campus Gaspar. A professora Luciana Pereira de Araújo, da FURB, conta que o jogo foi desenvolvido em duplas. “Existia um início e um destino, onde as jogadoras escolhiam de que origem queriam sair e qual destino queriam chegar. Para isso, se deve andar para cima, para baixo, direita ou esquerda.
 
É um jogo de tabuleiro, que também envolvia uma série de perguntas. Conforme as respostas eram corretas, dava a oportunidade de seguir o caminho em frente e essa rota gerava pontos. Ao final, ainda era preciso saber se foi feita a menor rota que poderia ser percorrida. Isso gerava uma conta e ganhava quem teria feito o melhor caminho”, explica.
 
No workshop, as jovens tiveram dois momentos: o primeiro foi voltado a apresentar os pilares que sustentam o Pensamento Computacional, que, segundo a professora Luciana, é a habilidade de resolver problemas do cotidiano de uma forma mais prática e sequencial, buscando sempre uma forma lógica para resolver.
 
No segundo momento do dia, elas desenvolveram o jogo do Balão usando o Scratch, que se define em uma linguagem de programação, onde podem ser criadas histórias, jogos e animações próprias, que podem ser compartilhadas com o mundo todo.