FURB e MEC assinam termo de compromisso que pode viabilizar a federalização

FURB e MEC assinam termo de compromisso que pode viabilizar a federalização

Foto: Gregory Martins - FURB

Passo importante na história da educação superior no Vale do Itajaí. Nesta terça-feira, 23 de agosto, a Universidade Regional de Blumenau (FURB) recebeu o ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, para uma reunião de trabalho com os reitores da Associação Catarinense de Fundações Educacionais, ACAFE e lideranças do Vale. O ministro e a reitora da FURB, Marcia Sardá Espindola, assinaram um termo de compromisso sobre o processo de federalização da FURB, que tramita em Brasília. Com a assinatura, o termo segue agora para publicação no Diário Oficial da União.

No encontro, o ministro destacou que são vários os aspectos envolvidos no processo de federalização e que é importante considerar, também, a questão econômica. “É preciso que o governo federal se debruce para entender quais são os impactos da federalização. Ao MEC cabem as questões educacionais. Quantos cursos, mestrados, doutorados a FURB oferece, o quanto esta oferta impacta na região, enquanto outros órgãos analisam outros aspectos, como na economia, por exemplo”, disse Godoy Veiga.

Para reforçar a importância da visita, a reitora da FURB, Marcia Sardá Espindola lembrou que o último ministro da Educação a visitar a Universidade de Blumenau foi o ministro Marco Maciel, que veio até Blumenau para conferir o status de universidade à FURB e inaugurar o prédio da Biblioteca Universitária, em 1986. “Para nós hoje é um dia histórico. Embora a pauta da federalização seja antiga, de algumas décadas, nunca estivemos tão próximos do MEC. A assinatura deste termo de compromisso abre portas e aproxima as equipes técnicas da FURB e dos ministérios envolvidos no processo. Internamente, todos os estudos possíveis já foram feitos e agora, com esta assinatura, temos seis meses para demonstrar a viabilidade da nossa universidade federal”, destaca Marcia. 

FURB Federal

Desde 2005, a luta pela federalização é parte da história da FURB. Pública e com forte inserção e reconhecimento regional, mas não gratuita, desde então a Universidade de Blumenau se apresenta como possiblidade ao plano de expansão da educação superior federal.

Em 2021, com a manifestação do Ministério da Educação de investir na criação de cinco universidades federais a partir de campus avançados, a FURB mais uma vez se colocou à disposição. Em outubro de 2021, o então senador Jorginho Mello apresentou no Senado Federal o Projeto de Lei (PL 3774/21) que autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal do Vale do Itajaí (UFVI) a partir da estrutura da Universidade de Blumenau, subordinada à prévia consignação, no Orçamento da União, das dotações necessárias ao seu funcionamento. 

A iniciativa deu novo fôlego ao movimento pela federalização da FURB e possibilitou o diálogo com o MEC, desta vez de forma qualificada, técnica. Pela primeira vez, demonstra-se, de fato, que a proposta pode ser atendida, com um diagnóstico preciso de todas as dimensões que correspondem ao processo e que está em curso. Reuniões de trabalho têm ocorrido ao longo deste ano, uma vez que o projeto de lei com a proposta de federalização da FURB ganhou atenção em Brasília.

Neste período, a Universidade de Blumenau reuniu importantes manifestações de apoio, como já fez em outros momentos da história deste movimento. Associações de classe, organizações empresariais, conselhos e entidades profissionais, prefeituras e políticos de toda a região se manifestaram favoráveis à causa, reconhecida com demanda regional. O Vale do Itajaí merece a sua Universidade Federal e a FURB tem plenas condições de ser este embrião.

Atualmente, a FURB oferece à comunidade mais de 50 cursos de graduação, em todas as áreas do conhecimento, além de quatro doutorados e 13 mestrados, cursos de especialização e ensino médio. Tem no quadro funcional 460 técnicos administrativos, mais de 600 professores e em torno de 6 mil estudantes. Com a federalização, amplia-se o número de vagas públicas e gratuitas na região, trazendo um incremento de receita anual estimado em mais de 400 milhões de reais ao Vale do Itajaí.