Nesta terça-feira, 04 de outubro, o Salão Angelim, localizado na Biblioteca Universitária, campus 1 da FURB, recebe a exposição “Os arquipélagos de Nara Guichon”, projeto contemplado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura (2021), e executado com recursos do Estado de Santa Catarina através da Fundação Catarinense de Cultura e que também convidada para atividades extras e gratuitas.

Na terça, 4 de outubro, pela manhã, Nara Guichon fará o plantio de 20 mudas nativas da região nos arredores da FURB. No final da tarde, às 18 horas, a exposição será aberta e na sequência, às 19h30, a artista e a curadora, Paula Ramos, farão uma conversa com o público, discutindo o processo criativo e temas relacionados.

Na manhã do dia 5, quarta-feira, a artista realizará a oficina de Ecoprint em Papel, no Castelinho do Museu Hermann Hering. Com início às 9 horas, a atividade é gratuita e disponibiliza 20 vagas.

Para participar, é preciso realizar uma inscrição via e-mail, entrando em contato com o naguichon@gmail.com. Durante a atividade, os participantes conhecerão a técnica “Ecoprint”: impressão botânica feita com folhas, flores, raízes e cascas de plantas.

Nara Guichon é designer têxtil reconhecida nacional e internacionalmente por seu trabalho com redes de pesca descartadas como lixo e reaproveitadas. Com a exposição, a ambientalista faz seu début como artista visual, logo após ter realizado, em junho e julho deste ano, a instalação O mar que não vemos, no Jardim Lutzenberger da Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre.

Uma das obras da artista, “Dormência”, também está participando da “1st International Contemporary Material Art Biennale”, na China, até fevereiro de 2023.

A autora

Natural de Santa Maria (RS), Nara Guichon é designer têxtil e ambientalista e, há pelo menos quatro anos, tem se dedicado ao campo artístico. Na mostra, ela exibe 15 trabalhos, que apontam tanto para sua matéria-prima fundamental, como para o elemento responsável por 50% da poluição mundial dos oceanos: as redes de pesca. A curadoria é assinada pela crítica e historiadora da arte Paula Ramos, professora do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Em seu processo criativo, Guichon recolhe as redes de pesca e lava-as cuidadosamente, usando apenas água e sabão natural; após, tinge-as com pigmentos naturais, usando limalha de ferro, cúrcuma, casca de cebola, ervas, vinagre, fogo, água e terra. Adotando a costura manual, o tricô e o enrolamento de fios e redes, a partir de arames galvanizados igualmente recolhidos como refugo, a artista cria estruturas polimorfas, em diálogo com as formas da natureza.