Para ajudar os estudantes na tarefa de decidir o que fazer depois de concluir o Ensino Médio, a Etevi promoveu uma sessão de orientação profissional voltada aos alunos das turmas de terceiro ano da escola. O evento foi realizado na última terça-feira, 4 de junho, no auditório da Biblioteca e contou com a participação de mais de 90 estudantes. A missão de orientar os jovens coube ao psicólogo Diogo Scandolara, professor do curso de Psicologia da FURB e especialista em orientação profissional.

Scandolara enfatizou a importância de buscar informação sobre os cursos e o mercado de trabalho e ressaltou que a ampla gama de informações disponíveis atualmente na internet facilita essa tarefa. Os estudantes receberam orientação sobre como verificar os cursos oferecidos pela universidade nas mais diversas áreas e como acessar as matrizes curriculares e ementas das disciplinas. De acordo com o especialista, esse processo de busca de informações detalhadas sobre os cursos objetiva evitar que os jovens escolham cursos de graduação que não se adaptam ao seu perfil. O psicólogo ressaltou, ainda, a importância de verificar as notas obtidas pelas universidades e pelos cursos, para garantir a qualidade da formação.

O estudante Ian Estevão Bagrischevsky, 17, descobriu a paixão por engenharia aeroespacial a partir de projetos de pesquisa proporcionados pela Etevi. O interesse, que surgiu ainda no segundo ano do Ensino Médio, levou o jovem a participar da Olimpíada Brasileira de Satélites e da Olimpíada Brasileira de Astronomia, competição em que conquistou medalha de bronze. Na avaliação do estudante, as atividades práticas são importantes para que os jovens possam explorar seus interesses e habilidades e entenderem do que realmente gostam.

Na avaliação de Scandolara, a ansiedade gerada pelo medo de se arrepender é a principal dificuldade encontrada pelos estudantes nesse momento da vida: “é uma característica dessa geração, é uma geração bastante ansiosa. Então a ansiedade é de eu escolher algo que depois eu me arrependa ou algo que meus pais não concordem. A gente sempre trabalha neles justamente todas essas questões, como conversar com os pais, como conversar com os professores”. Segundo o especialista, muitos estudantes acreditam que precisam escolher ainda na adolescência o que vão fazer pelo resto da vida, o que não é necessariamente verdadeiro. O profissional destaca que, dentro de uma mesma formação, existem muitas áreas de atuação, além da possibilidade de mudar de curso, através de transferências internas, por exemplo. De acordo com Scandolara, além de buscar conhecer o mercado de trabalho e as profissões, o conhecimento de si mesmo e das próprias habilidades é essencial para fazer uma boa escolha. Famílias e professores podem ajudar nesse processo, mas é fundamental que a decisão seja tomada pelo próprio estudante. 

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