Estudo investiga mulheres gestoras na área de tecnologia

Estudo investiga mulheres gestoras na área de tecnologia

Foto: Internet

A relação entre o equilíbrio da vida profissional e pessoal (Work Life Balance) e as mulheres gestoras em empresas de base tecnológica de Santa Catarina são a base de um estudo em desenvolvimento pelas estudantes do Mestrado em Administração da Universidade Regional de Blumenau (FURB), Cristiane  Soethe Zimmermann e Vânia Cristina Ferreira, sob a orientação do professor doutor Giancarlo Gomes. Para desenvolver a pesquisa, as estudantes estão buscando uma amostra significativa de mulheres que ocupem cargos de gestão na área de tecnologia. Quem quiser contribuir com o estudo pode acessar o questionário disponível neste link.

"Santa Catarina é o quarto maior polo de tecnologia do Brasil e de acordo com os dados do Tech Report 2020 esse setor possui 24.066 empreendedores e mais de 56 mil colaboradores. Do total de empreendedores, 24%%, são do gênero feminino e 42% dos colaboradores são mulheres, valor maior que a média nacional (36,2%). No entanto, embora a participação das mulheres em empresas de TI tenha aumentado em quantidade, está caindo percentualmente desde 2015", explica Cristiane. Diante desse contexto, Vânia acrescenta que o estudo pretende investigar como o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal das mulheres está relacionado ao empreendedorismo inovador em empresas de TI. 

Entre os objetivos da pesquisa, as mestrandas destacam: "ao avaliar a relação do WLB com o empreendedorismo feminino inovador em empresas de TI, pretendemos  contribuir para a diminuição da lacuna existente de pesquisas com foco em inovações entre mulheres empresárias.  A contribuição da pesquisa para a área acadêmica será, também, no sentido de levantar dados que possam servir como objeto de estudos futuros a respeito do  tema".

Já no âmbito gerencial, a intenção é oferecer insights gerenciais para que empresas de tecnologia obtenham maior desempenho organizacional a partir de inovação e determinantes que contribuam para o empreendedorismo feminino, bem como para a geração de valor e iniciativas inovadoras.

A pesquisa também apresenta um caráter social, na medida em que pretende colaborar  para o entendimento maior de uma das diretrizes da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que se refere à igualdade de gêneros e equidade salarial.