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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Evandro Sestrem
Título: Desenvolvimento de um Protótipo para o Auxílio de Distribuição de Cargas
 
Introdução:
A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos (Ballou, 1993). No meio empresarial nunca se falou tanto em logística como agora. Muitos fatores explicam essa tendência. De um lado, a maior preocupação com os custos nas empresas; de outro, como decorrência da maior competição pelo mercado consumidor, a necessidade de garantir prazos de distribuição e oferecer um melhor nível de serviços de forma geral (Alvarenga, 1994). O custo de transporte representa a maior parcela dos custos logísticos na maioria das empresas. Pode variar entre 4% e 25% do faturamento bruto de uma empresa superando, em muitos casos, o lucro operacional. Em 1998, o custo total de transporte nos EUA foi de R$ 529 bilhões, representando 59% de todos os custos logísticos e 6,2% do PIB. No Brasil, estima-se que esses custos estão na ordem de R$ 60 bilhões. (Nazário, 2000) Segundo Nazário (2000), as principais funções do transporte na Logística estão ligadas principalmente às dimensões de tempo e lugar. Desde os primórdios, o transporte de mercadorias tem sido utilizado para disponibilizar, em tempo hábil, produtos onde existe demanda potencial. Mesmo com o avanço de tecnologias que permitem a troca de informações em tempo real, o transporte continua sendo fundamental para que o objetivo logístico seja alcançado, que é o produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível. Segundo Ballou (1993), as pequenas cargas representam uma oportunidade para os gerentes de tráfego reduzirem o dispêndio total de transportes. Pequenos carregamentos consolidados em cargas maiores podem gerar substanciais reduções de custos. Assim, o desenvolvimento de um sistema que auxiliasse as empresas de transporte a definirem as melhores rotas de transporte, para um aproveitamento melhor das cargas, permitiria que as mesmas reduzissem seus custos e aumentassem sua eficiência. Problemas de logística, como os citados acima, encontram fundamentos para sua solução, na teoria dos grafos. Ao contrário de muitos ramos da matemática, nascidos de especulações puramente teóricas, a teoria dos grafos tem sua origem no confronto de problemas práticos relacionados a diversas especialidades e na constatação da existência de estruturas e propriedades comuns, dentre os conceitos relacionados a esses problemas (Boaventura, 1979). Dentre as técnicas existentes para a solução de problema algorítmico em grafos, a busca ocupa lugar de destaque, pelo grande número de problemas que podem ser resolvidos através da sua utilização (Szwarcfiter, 1984). De um modo geral, a área de algoritmos em grafos tem como interesse principal a resolução de problemas, tendo em mente uma preocupação computacional, ou seja, o objetivo principal é encontrar algoritmos, eficientes se possível, para resolver um dado problema em grafos (Pereira, 1999). Ao lado da teoria dos fluxos em redes, o problema geral de caminhos em grafos é de importância primordial na teoria dos grafos e uma das questões fundamentais em problemas de logística. O Problema do Menor Caminho é o mais importante problema relacionado com a busca de caminhos em grafos, em vista de sua ligação direta com uma realidade encontrada a todo momento (Boaventura, 1979). Pode-se citar, como exemplo, o problema do caixeiro-viajante, que consiste na determinação da rota de menor custo para uma pessoa que deseja visitar diversas cidades e retornar ao ponto de partida passando apenas uma vez em cada cidade. Assim, neste trabalho a teoria dos grafos será utilizada para o desenvolvimento de um sistema para atender a situação de melhor aproveitamento de rota para caminhões de uma transportadora que tenham viagens agendadas, mas que não estão com a sua capacidade de transporte completa. Um exemplo é quando um caminhão faz uma entrega e tem que regressar ao ponto de partida. Geralmente esta viagem é feita com o caminhão vazio gerando um prejuízo para a transportadora. Assim, será desenvolvido um sistema para auxiliar a transportadora reduzir este tipo de problema.