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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Cléverson Tambosi
Título: Estudo da Ferramenta para Sistemas Especialistas Clips Aplicado no Diagnóstico de Transtornos Mentais
 
Introdução:
A Inteligência Artificial é a área da computação voltada para o estudo das faculdades mentais, que busca o desenvolvimento de sistemas inteligentes. Suas características estão voltadas para a inteligência humana, por exemplo: compreensão da linguagem, aprendizado, raciocínio, resolução de problemas e outros. O seu objetivo é desenvolver programas capazes de resolver problemas de maneira inteligente, como quando resolvido por pessoas (Souza, 1998, p. 2). O Sistema Especialista (SE) aplica técnicas de Inteligência Artificial e conhecimento em problemas específicos de um dado domínio para simular a atuação de peritos humanos. O SE procura solucionar problemas do mesmo modo que um especialista humano, através de programas e computador. A eficácia deste sistema depende diretamente de sua quantidade de conhecimento. Desenvolvido a partir da necessidade de processar informações, um sistema especialista é capaz de apresentar conclusões sobre um determinado tema, desde que devidamente orientado e alimentado. Existe uma série de ferramentas próprias para o uso de técnicas de Inteligência Artificial, porém pode-se usar qualquer boa linguagem de programação para se construir sistemas inteligentes. Alternadamente, existem as shells, que visam simplificar a construção e gerência da base de conhecimento dos sistemas especialistas. A razão para a elaboração deste trabalho deu-se ao perceber as dificuldades encontradas pelo desenvolvedor de software em escolher a ferramenta adequada para o desenvolvimento de seus sistemas. O presente trabalho propõe-se, justamente, a auxiliar numa análise do desempenho de uma destas ferramentas, sendo esta, a ferramenta para sistemas especialistas CLIPS. Fundamentado em pesquisas e ensaios, procurar-se-á estudar as facilidades, os recursos e a qualidade desta ferramenta, através da implementação de uma aplicação experimental, auxiliando assim na tomada de decisão para futuras aplicações. Para a implementação de uma aplicação para testar a ferramenta, optou-se por desenvolver um sistema especialista para diagnóstico de transtornos mentais, que auxiliará o psicólogo a entender melhor o funcionamento do manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM), utilizado para diagnosticar seus pacientes (Jorge, 1995). O diagnóstico é baseado no conjunto de sintomas apresentados pelo paciente. Muitas vezes, um mesmo sintoma poderá fazer parte de mais de uma patologia. Em outros casos, poderá haver cruzamento de sintomas, o que dificulta o diagnóstico da doença. Todas as doenças mentais catalogadas encontram-se descritas no DSM. Essas doenças estão dividias em seis grupos gerais de transtornos: transtornos mentais devido a uma condição médica geral, transtornos mentais induzidos por substâncias, transtornos psicóticos, transtornos do humor, transtornos de ansiedade e transtornos somatoformes. Dentro de cada grupo existem os vários sintomas que caracterizam cada uma das doenças catalogadas. O livro Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais é fundamental para o tratamento dos pacientes. A partir dele, juntamente com o histórico de vida do paciente, serão determinados quais os métodos que serão utilizados no tratamento, a medicação que será ministrada e o prognóstico. Mas, às vezes, é necessário um trabalho multidisciplinar e, conseqüentemente, uma linguagem técnica em comum entre os especialistas. Para isso, foi desenvolvido o manual (Jorge, 1995, p. 45). O DSM-I foi publicado em 1952. “O DSM-I continha um glossário de descrições de categorias diagnósticas e foi o primeiro manual oficial de transtornos mentais a focalizar a utilidade clínica” (Jorge, 1995, p XVII). “A finalidade do DSM-I é oferecer descrições claras de categorias diagnósticas, a fim de permitir que clínicos e investigadores diagnostiquem, comuniquem, estudem e tratem pessoas com vários transtornos mentais.” (Jorge, 1995, p XXV). Desta forma, torna-se possível os profissionais terem certeza de que estarão trabalhando com uma mesma doença. Este trabalho propõe-se a descrever e implementar o protótipo deste sistema especialista, bem como a análise do desempenho e potencialidade da ferramenta CLIPS através do uso da norma ISO/IEC 9126, que lista o conjunto de características que devem ser verificadas em um software, como funcionalidade, confiabilidade, usabilidade, eficiência, manutenibilidade e portabilidade, as quais são divididas em um conjunto de subcaracterísticas. Serão analisados também os aspectos relevantes da ferramenta, tais como, interface com o usuário, interface de desenvolvimento, interface com o sistema operacional, motor de inferência e representação do conhecimento.