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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Wilian Kohler
Título: Protótipo de um Escalonador de Ordens de Produção Utilizando Algoritmos Genéricos
 
Introdução:
Atualmente, a concorrência entre empresas que produzem os mesmos gêneros de produtos tem aumentado significativamente. Um número elevado de empresas estão sofrendo as conseqüências desta temida concorrência (temida para quem vende, mas ótima para quem compra). Além da concorrência, as empresas estão lidando com a crescente e rigorosa demanda dos clientes, comprometendo os seus métodos tradicionais de fabricação. Alterações nos pedidos, mudanças nas condições de operações entre outros, fazem da administração da produção um verdadeiro quebra cabeças. Somente empresas que venderem produtos com alta qualidade, mas agregados a preços mais acessíveis sobreviverão a esta verdadeira guerra. Com intuito de superar estes obstáculos que comprometem os métodos tradicionais de fabricação, empresas com visão de futuro buscam soluções automatizadas que lhes permitam sincronizar e escalonar da melhor forma possível os processos produtivos. Segundo Ramos (1998), existem várias razões pelas quais surgem esses interesses: a) o mercado está hoje altamente dinâmico e imprevisível. Os clientes desejam variações e características especiais para seus produtos, com exigência de alta qualidade e baixo custo, além de necessitar de atenção individual; b) as empresas reconhecem que através de seus programas de produção atuais não podem sincronizar a demanda com a disponibilidade dos recursos críticos da fábrica, tais como capacidade de produção, materiais e operários. Dentre os principais fatores que compõem o controle e o gerenciamento da produção industrial encontra-se a programação da produção. Imagine, por exemplo, uma máquina numa fábrica, terminando de processar determinada ordem de produção. Estando vaga, é necessário decidir qual, daquelas OPs que aguardam na fila, deveria ser processada agora (talvez aquela com o menor tempo de processamento, para que o maior número de ordens fosse processado nos próximos períodos, ou, talvez se devesse priorizar aquelas ordens cuja data prometida de entrega ao cliente estivesse mais próxima, ou, priorizar as ordens que representem o maior potencial de faturamento num prazo mais curto, ou ainda, priorizar aquelas ordens de clientes que fossem estrategicamente mais importantes). Então, a programação da produção pode ser descrita da seguinte forma: são dados um conjunto de tarefas e um conjunto de recursos. Cada tarefa consiste de uma cadeia de operações em que cada uma deve ser processada durante um período de tempo ininterrupto, de um dado tamanho, em um dado recurso, podendo este processar no máximo uma operação por vez. Enfim, é fácil perceber que as possibilidades diversas de seqüênciar (ou priorizar) atividades em situações reais, onde estas possibilidades são combinadas e multiplicadas por dezenas de máquinas e milhares de ordens de produção que passam, não por uma máquina, mas por várias, com roteiros diversos e variados, representam um problema combinatório complexo, grande e de múltiplas variáveis. É, também, fácil perceber que a forma de priorizar as atividades pode ter impacto no desempenho de todo o sistema de produção, em relação a indicadores como cumprimento médio de prazos, tempos médios de atravessamento das ordens pelo sistema produtivo, taxas de geração de caixa, estoques médios em processo e outros. Uma ferramenta de escalonamento deve preferencialmente trabalhar em conjunto com um sistema de planejamento do tipo MRP (abreviatura em inglês de Planejamento dos Recursos da Manufatura). Porém, é necessário que haja uma base de dados já gerada, sempre voltada a permitir a simulação do escalonamento e alcançar sucessiva e simultaneamente os recursos produtivos de acordo com sua disponibilidade e a demanda do mercado. Isso permite conseguir uma maior flexibilidade na empresa, respondendo eficazmente às mudanças não planejadas e fazendo da manufatura uma arma competitiva. Segundo Corrêa (2001), este fato proporcionou aos produtos japoneses a conquista de mercados, devido a sua superior qualidade e confiabilidade, assim como a sua melhor resposta às necessidades e oportunidades do mercado, obtida pela alta qualidade e baixos preços de seus produtos, resultado que se atinge com uma excelência em manufatura. O desenvolvimento de escalonadores devem levar em consideração algumas variáveis: a) data de entrega dos componentes fabricados ao almoxarifado de materiais acabados; b) disponibilidade dos recursos na empresa; c) prioridade de certos componentes (grau de dificuldade do produto na montagem, situação do cliente, componentes com maior número de operações); d) realização de todas as operações, alocadas nos recursos, no menor tempo possível. Verificando-se a atual importância na busca da excelência da manufatura, foi proposto o desenvolvimento de um software que escalone as ordens de produção (OPs). As ordens de produção (OPs) a serem escalonadas, são geradas através do módulo de planejamento e controle da produção do sistema da empresa. O Sistema de Gestão Empresarial (SGE) é um software ERP desenvolvido em linguagem Dataflex acessando o banco de dados Dataflex, adquirido junto à empresa Softdata Soluções Ltda. de Joinville.