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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Marco Aurélio Alano Godinho
Título: Arquitetura na nuvem pública AWS voltada à hospedagem de uma aplicação Magento
 
Introdução:
De acordo com a empresa Nielsen Research (2019), o faturamento com vendas pela
internet no Brasil no ano de 2018 foi de 53,2 bilhões de reais – uma alta de 12% em
comparação com 2017. Foram 123 milhões de pedidos realizados, alta de 10% relativo ao ano
anterior. O crescimento do setor não só apresentou alta como possui uma previsão de
crescimento de 15% para 2019, com um faturamento que deve chegar a 61,2 bilhões de reais
até o final do ano – isto indica uma tendência no comportamento do consumidor em se valer
cada vez mais de meios eletrônicos de compra. Com os valores apresentados, e por conta da
natureza virtual das lojas de comércio eletrônico e sua consequente dependência de serviços
de Tecnologia da Informação (TI), é preciso considerar a necessidade de alta disponibilidade
deste tipo de plataforma (ALTAMEEM; ALAKKI, 2017).
Segundo Altameem e Alakki (2017), a maioria das organizações negligenciam a forma
como o comércio eletrônico é implantado. Eles também afirmam que um dos principais
fatores que levam ao sucesso de uma plataforma de vendas na internet é a sua Infraestrutura
de TI. Além disso, citam alguns requisitos para uma boa infraestrutura tais como certificados
digitais, que garantem a privacidade da informação em trânsito, e uma forma segura de
pagamento eletrônico. No entanto, estes requisitos são focados na parte de segurança e
funcionalidade, e não abrangem os requisitos de disponibilidade da aplicação. Sun (2012)
apresenta o modelo de computação na nuvem como uma forma de arquitetar soluções de
comércio eletrônico que tenham uma alta disponibilidade, afirmando que “a confiabilidade
aumenta se múltiplos sites são usados, o que torna computação na nuvem adequada para
continuidade do negócio e recuperação de desastres”. Ela também apresenta outras vantagens,
como um ágil provisionamento de recursos, constante monitoramento da performance, melhor
segurança e redução de custos.
A Amazon Web Services (2018) aponta que são cinco os pilares de uma boa
arquitetura na nuvem, através do seu Well-Architected framework: excelência operacional,
segurança, confiabilidade, eficiência de desempenho e otimização de custos. O objetivo deste
framework é ajudar a “entender os prós e contras de decisões tomadas quando criando
sistemas na AWS”, e também de esclarecer pontos de balanceamento entre os pilares, isto é, o
possível enfoque em determinado pilar impactando numa menor significância de outro. Os
pilares procuram estabelecer uma série de princípios e práticas que permitam aos arquitetos
suportar, monitorar e melhorar sistemas cruciais para o negócio (excelência operacional),
proteger dados e restringir acessos (segurança), recuperação de estados de falha (confiabilidade), utilização de recursos conforme demanda (eficiência de desempenho) e
gerenciar os custos de forma a equilibrá-los com os objetivos do negócio (otimização de
custos) (AMAZON WEB SERVICES, 2018, tradução nossa).
Segundo Bernstein (2014) outra característica importante da computação em nuvem é
ter contêineres como componentes. O autor compara o uso de máquinas virtuais com o uso de
contêineres comentando as necessidades de cada solução. No caso de máquinas virtuais, um
sistema operacional chamado de host roda uma camada de software chamada de hypervisor,
sobre a qual uma máquina física pode ser virtualizada. No caso de contêineres, o sistema
operacional host não precisa executar um hypervisor nem emular um computador, bastando
executar um motor de contêiner que compartilha o sistema operacional hospedeiro e permite a
execução de aplicações isoladas e encapsuladas com suas dependências - contêineres
(BERNSTEIN, 2014). Por conta de um tamanho reduzido, Bernstein (2014, tradução nossa)
diz ser possível rodar “centenas de contêineres em um hospedeiro físico (contrastando com
um limite estrito de máquinas virtuais)”.
No contexto de plataformas de comércio eletrônico na nuvem, segundo estatísticas
apresentadas por Shahid (2018) o Magento está em terceiro lugar como a mais utilizada, com
mais de 15 mil lojas rodando atualmente. Por se tratar de uma plataforma customizável de
código aberto, logo no início do seu desenvolvimento mais de 225 mil cópias da plataforma
foram requisitadas (MCCOMBS; BANH, 2010). O desenvolvimento só cresceu e a versão
2.3.2 tem 350 contribuições da comunidade que participa ativamente da evolução da
plataforma (MAGENTO, 2019b).
Com base nas informações apresentadas, este trabalho apresenta a criação de uma
infraestrutura na nuvem provida pela Amazon Web Services voltada à hospedagem de uma
aplicação Magento que utiliza alguns princípios dos pilares do Well-Architected Framework.