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Introdução
 
 
Acadêmico(a): João Luiz Fernandes
Título: EXPLORATOR: um protótipo para visualização de indicadores socioeconômicos e de desenvolvimento regionalizado
 
Introdução:
A inovação tem se mostrado não apenas um fator diferencial, grandes empresas como a locadora Blockbuster, a produtora de aparelhos celulares Blackberry, a desenvolvedora de produtos eletrônicos Atari, a especialista em equipamentos fotográficos Kodak e a inventora da fotocopiadora Xerox foram levadas a falência. Tiveram sua marca vendida apenas para continuar vivas ou perderam muito do espaço que já haviam conquistado no mercado por não inovarem. Isso mostra que inovar está se tornando imprescindível para a sobrevivência de uma organização (IKENAMI; GARNICA; RINGER, 2016, p. 163). Além disso, a própria essência das organizações está mudando, se inovando. A Uber tornou-se a maior empresa de táxi do mundo não possuindo nenhum veículo, o Airbnb o maior site de hospedagens não possui nenhum imóvel e o IFood maior aplicativo de entrega de comida não possui nenhum restaurante. Kon (2016, p. 15) explica que por muitos anos a inovação estava fortemente relacionada aos produtos tangíveis das indústrias manufatureiras, os serviços adotavam essas inovações tecnológicas, mas produziam poucas inovações em seu próprio contexto. Essa perspectiva tradicional é questionada por estudos recentes que identificaram a intensa inovação em atividades de serviços, inclusive em setores que não apresentam fins lucrativos, nos setores de serviços sociais e públicos. Evoluímos de um modelo de desenvolvimento baseado na produção primária e na indústria, para uma nova economia, fundamentada na informação e no conhecimento, surgiram novos arranjos e ambientes de desenvolvimento, desenvolvimento econômico e social e de geração de emprego e renda (AUDY; PIQUÉ, 2016, p. 5-6). que substituíram os antigos distritos industriais e passaram a protagonizar o processo Esses ambientes de inovação, ou ecossistemas de inovação como são conhecidos no Brasil, são uma realidade em vários países, como exemplo têm-se os distritos 22@Barcelona e LxFactory em Lisboa. Em território nacional existem os distritos de Pedra Branca em Palhoça, join.vale em Joinville e o Distrito C em Porto Alegre. Para Komninos (2008, p. 33, tradução nossa), o que distingue os ecossistemas de inovação de outras regiões é sua capacidade de reforçar o desempenho de inovação das organizações que se estabeleceram no local. Em Santa Catarina, os esforços para estimular os municípios a criar condições locais favoráveis à inovação são evidenciados nos dados brasileiros que a posicionam como atrativa para viver e trabalhar, ainda uma das estratégias vigentes está na implantação de 13 Centros de Inovação inseridos de forma descentralizada em diferentes regiões do Estado. Sendo um deles em Blumenau, servindo como pilar para ativar o ecossistema de inovação, ser referência em apoio ao empreendedorismo inovador e ser o motor da cultura inovadora (TEIXEIRA et al., 2016). Além disso, em 2017 o Governo do Estado publicou o Guia de Implantação dos Centros de Inovação, que apresenta os conceitos, fundamentos e diretrizes para a instalação dos Centros nas regiões catarinenses. No entanto, o guia pode servir para à implementação de qualquer habitat de inovação, já que oferece portfólios de soluções que podem ser customizados conforme a realidade de cada local (GOVERNO DE SANTA CATARINA, 2017). Diante do exposto, este trabalho junto com o projeto de extensão Distrito de Inovação e Conhecimento apresenta a consolidação das bases de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), OpenStreetMaps (OSM) e da Prefeitura Municipal de Blumenau (PMB), visando estabelecer um diagnóstico socioeconômico e de desenvolvimento dos bairros Victor Konder e Itoupava Seca da cidade de Blumenau, local onde será implantado o Centro de Inovação dentro do município, tendo como intuito viabilizar a criação de um distrito de inovação na região, possibilitando o desenvolvimento da Industria 4.0 e de uma cidade inteligente. Os indicadores gerados també m poderão ser utilizados como base para criação do Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico Municipal de Blumenau (PEDEN) e para avaliar o impacto das políticas sociais que foram tomadas ou negligenciadas nos próximos anos. O diagnóstico será apresentado através de um Sistema de Informação Geográfica (SIG), cujo objetivo é apoiar a manipulação, análise e visualização dos dados geográficos.