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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Tamires Schloegel Kistner
Título: Protótipo de apoio ao desenvolvimento cognitivo
 
Introdução:
A saúde encontra-se no topo da pirâmide de prioridade das pessoas. Quanto mais precária é a saúde do ser humano, mais limitado ele se torna, trazendo inúmeras consequências e confinando-o a um mundo de possibilidades escassas. Atualmente a participação da tecnologia na área da saúde vem crescendo muito, contribuindo tanto para o incentivo do desenvolvimento tecnológico como no auxílio do tratamento de pessoas. Como a área da tecnologia cada vez mais cresce, a saúde é um dos setores que mais se beneficia com este crescimento. Este desenvolvimento surte forte influência sobre a vida das pessoas, pois quando as tecnologias são utilizadas de maneira correta, geram um resultado positivo. Os investimentos em avanços e novas descobertas tecnocientíficas para a área da saúde são muito amplas, desde o desenvolvimento de novos medicamentos, mecanismos que auxiliam diretamente a fisionomia do ser humano, anatomia e biologia, a ferramentas que auxiliam na troca e armazenamento de informações (LORENZETTI et al., 2012). Além da saúde física, existe também a saúde mental, que é formada pela cognição. A cognição engloba os processos mentais que resultam nos padrões de comportamento de uma pessoa. O processo cognitivo envolve uma série de fatores, tais como: pensar, planejar, resolver problemas do cotidiano, atribuir causas aparentes aos acontecimentos, desenvolver auto percepção e autoestima, além de formar e manifestar várias atitudes. Este processo é o que permite a comunicação da pessoa com o mundo, aprender habilidades, formular opiniões e gostos, pensar e agir sobre determinadas situações, enfim, é o que os forma como seres humanos, as particularidades e capacidades. No entanto, segundo Farrell (2008), muitas doenças provocam degeneração e limitações que afetam a cognição. Uma das doenças que afetam os mecanismos da cognição é a demência de Alzheimer (DA), que possui como principal característica a deficiência da memória e a degeneração de outras funções cognitivas que alteram os comportamentos, interferindo na qualidade de vida do indivíduo, levando a uma dependência e incapacidade de ação (SERENIKI; VITAL, 2008). Pacientes com Alzheimer normalmente apresentam dificuldades de orientação do tempo e espaço, pensamento abstrato, aprendizado, distúrbios da linguagem e comunicação. Com o tempo e o aumento da degeneração, eles perdem a capacidade de interação com o mundo, o pensamento torna-se confuso, dificultando o entendimento do que acontece, misturando passado com presente. Normalmente a memória de longo prazo é uma das últimas a serem perdidas, pois estas estão consolidadas a mais tempo no cérebro. É muito comum para pacientes com a demência de Alzheimer viverem suas memórias antigas, pois as vezes são as únicas que ainda possuem algum sentido. Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (2018), o Alzheimer é caracterizado pela piora progressiva dos sintomas. No estágio inicial da doença, manifestam-se problemas na fala, perda significativa da memória, problemas de identificação de horas e localização, alteração de humor, perda de interesse em hobbies e outras atividades, dificuldade na tomada de decisão, entre outros. No estágio intermediário, as limitações ficam mais claras e graves, gerando a incapacidade de cozinhar limpar ou fazer compras, dificuldade avançada na fala, distúrbios de sono, alucinações, possibilidade de total dependência de um terceiro, entre outros. Já no estágio avançado é o qual o portador da doença fica mais perto da total dependência e inatividade, onde apresenta dificuldades de identificação de familiares, amigos e objetos, incapacidade de encontrar o caminho de volta para casa, incontinência urinária, dificuldades para caminhar e entender o que acontece ao seu redor, e a alta probabilidade de confinamento a uma cadeira de rodas ou cama. Para diagnosticar o Alzheimer os especialistas normalmente realizam a avaliação da história médica completa, aplicam testes de memória e concentração e verificam as habilidades de resolução de problemas e sua comunicação (SAYEG, 2017).
Segundo Carmo et al. (2015), atualmente os especialistas estão utilizando aparatos tecnológicos para identificar precocemente o Alzheimer ou para retardar os efeitos da doença. Dentro deste contexto, em 2016 foi lançado o jogo Sea Hero Quest, cujo intuito é ajudar no diagnóstico da doença de Alzheimer. Este jogo foi considerado o maior experimento de pesquisa sobre demência de Alzheimer. Através de atividades envolvendo coordenação motora e memorização, o jogo coleta dados para que os cientistas possam realizar novas pesquisas e entender o surgimento da doença. Conforme a Associação Brasileira de Alzheimer (2018), atualmente existem alguns medicamentos que possuem o intuito de aliviar os sintomas, estabilizando-os, permitindo que boa parte dos pacientes tenham uma progressão mais lenta da doença, conseguindo manter-se independentes nas atividades diárias por mais tempo. Porém para todo remédio existem contraindicações ou efeitos colaterais. Para isso, o tratamento de Alzheimer possui a alternativa não farmacológica, aplicando atividades que possuem estimulo cognitivo, social e física, que beneficiam a manutenção de habilidades preservadas e favorecem a funcionalidade do cérebro. Ainda segundo Carmo et al. (2015) quando estimulados e submetidos a atividades que conseguem realizar, os pacientes apresentam ganho de autoestima e iniciativa, e assim tendem a otimizar o uso das funções ainda preservadas. Os autores também destacam que durante as atividades, são utilizadas técnicas que resgatam a memória antiga, exploram alternativas de aprendizado, promovem associação de ideias, exigem raciocínio e atenção dirigida, favorecem planejamento com sequenciamento em etapas e antecipação comportamental relacionado aos impulsos e reações. No entanto, com o intuito de ajudar, familiares e cuidadores aplicam diversas atividades que julgam poder ajudar no tratamento, porém a seleção de frequência e atividades deve m ser criteriosas, pois a sobrecarga destas pode desfavorecer e criar resistência. de resultados e consequências, proporcionam treino de funções motoras e oferecem controle Diante do exposto, este artigo apresentada a criação de um protótipo que disponibiliza uma série de exercícios que podem ser utilizados como ferramenta de apoio ao aprendizado, através do reforço, percepção e memória de pessoas com alguma deficiência cognitiva, como por exemplo, o Alzheimer, concluindo assim a importância do desenvolvimento de uma ferramenta que trabalhe e desenvolva as características do desenvolvimento cognitivo: visual, auditivo, percepção, memória e concentração. Espera-se que ao desenvolver uma ferramenta de apoio a pessoas com Alzheimer, ela possa servir como um fixador de memória, melhorar o convívio social, ajudar no processo de autonomia e como treino no processo de recuperação da memória.