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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Hudson Henrique Lopes
Título: Aplicativo para rastreamento e acompanhamento da coleta de lixo nos municípios - RACL
 
Introdução:
Nos últimos anos tem ocorrido um grande aumento no consumo de bens materiais. Em 2013 para os brasileiros, segundo a Fiesp (2014, p. 1), “pelo menos R$ 50 bilhões foram destinados ao consumo de móveis e artigos do lar”. A ascensão social dos últimos anos, por exemplo, impulsionou tanto o aumento do consumo, quanto a geração de lixo e descarte incorreto do mesmo (TRIGUEIRO, 2013, p. 1). O consumo exagerado de bens não reutilizáveis e/ou, até mesmo, o descarte incorreto dos recicláveis é um grande problema da geração atual e das futuras. As consequências geradas pelo crescimento exponencial da poluição são cada vez mais visíveis. Em locais em que a coleta não é realizada regularmente, o lixo é depositado em locais impróprios (encostas, rios e córregos) gerando dispersão de insetos e pequenos animais hospedeiros de certas doenças. Além disso, ocorre a produção do chorume que contamina solo, ser humano e a biodiversidade (FREITAS, 2008, p. 1). O lixo produzido pelo ser humano pode também liberar gases para a atmosfera, abarrotar bueiros, ocasionar enchentes, poluir rios destruindo a flora e fauna, bem como permitir que animais espalhem os restos – em busca de comida – pelas ruas da cidade. Ao longo dos anos houve uma evolução no serviço de coleta de resíduos, porém ainda persistem práticas de descarte inadequadas e prejudiciais ao meio ambiente, sendo essas a queima, enterramento ou simplesmente jogar fora os resíduos (PAZ; MORAIS, 2014, p. 91). O descarte dos resíduos sólidos precisa ser realizado nos devidos locais e nos períodos corretos pelos cidadãos. O depósito do lixo ao céu aberto, sem ser encaminhado para o devido tratamento, libera o gás metano gerado a partir da decomposição do material orgânico, além do chorume, que é um líquido de cor preta gerado também pela decomposição e acúmulo de água (ALVES; MOURA, 2014, p. 53). Conforme afirma Miranda e Steuer (2014, p. 59), “a sociedade necessita se conscientizar de que o modelo vigente de crescimento e desenvolvimento afeta todos do planeta, sendo necessário reduzir o impacto ambiental”, de forma que tanto os cidadãos quanto a própria sociedade visualizem a importância do meio ambiente e o impacto causado a este pelo desenvolvimento. Desta forma, pequenas iniciativas podem gerar uma reeducação no futuro do planeta e a tecnologia pode auxiliar neste processo. Procurando facilitar a participação dos cidadãos no processo de melhoria do recolhimento de resíduos, certas cidades no Brasil optaram por disponibilizar a consulta de algumas informações sobre as coletas, como locais e frequência em que estas ocorrem, utilizando-se de sistemas e aplicativos. A prefeitura de Juiz de Fora, por exemplo, lançou um aplicativo visando melhorar a coleta de lixo, permitindo a localização e previsão dos caminhões de coleta próximos ao aplicativo do usuário, através de um mapa com o trajeto e apresentação dos horários (PESSÔA, 2016, p. 1). Contudo, de acordo com a Google Play (2016, p. 1), “o aplicativo está [ainda] na versão Beta e será melhorado dia após dia a fim de enriquecer a experiência do usuário além de entregar informações cada vez mais completas e precisas a respeito da coleta de lixo em Juiz de Fora”. Outra iniciativa que tem se destacado é o lançamento do aplicativo Limpa Rápido, em São Paulo (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2017, p.1). O aplicativo, segundo a prefeitura, realiza toda a integração dos serviços de limpeza da cidade, permitindo desde a visualização dos veículos da coleta de resíduos no momento real de seu percurso até mesmo a denúncia de descarte irregular do lixo. O interesse pelo uso da tecnologia para a evolução no processo de coleta de resíduos e a corrente conscientização da responsabilidade dos cidadãos para com o descarte correto do lixo, indica a necessidade de acessibilidade a aplicativos para acompanhamento de coletas. Não estritamente a alguns municípios, mas, de forma mais simples, ao maior número de regiões do país. Um aplicativo que pudesse receber informações de cadastros externos, mantendo uma mesma interface e apresentando tanto horários quanto localização – dos veículos de coleta no momento em que estas coletas estão sendo realizadas – poderia aumentar a aderência de cidadãos ao uso de aplicativos para esse fim. O descarte realizado próximo ao horário de coleta poderia diminuir o risco de decomposição dos resíduos devido às variadas condições climáticas ou, até mesmo, extravio dos recipientes.