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Introdução
 
 
Acadêmico(a): William Maurício Glück
Título: ASTROLAB: UMA FERRAMENTA PARA IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE CORPOS CELESTES
 
Introdução:
Classificar galáxias, por quê? Segundo Ball (2008), a classificação de galáxias não é um fim, mas sim um meio para um maior entendimento da física das galáxias. Na literatura, tem-se vários exemplos de áreas que através de bons métodos de classificação levaram a melhora no entendimento de determinado assunto. Elfattah (2013) cita que a tabela periódica é um bom exemplo. Ela foi organizada de acordo com as características próprias de cada elemento, resultando no entendimento da estrutura do átomo e consequente descobrimento de novos elementos. Da mesma forma, o entendimento das galáxias pode dar importantes dicas da origem e evolução do universo. Antes de 1920, a astronomia ainda não tinha certeza se galáxias eram sistemas separados da Via Láctea ou apenas um tipo de nébula que a integrava (HUBBLE, 1936). Isso é um exemplo do estado inicial que se encontra o estudo de galáxias e, explica porque, ainda hoje, existem estudos tentando realizar classificações básicas de galáxias (BALL, 2008). O projeto Galaxy Zoo 2 que classificou em 2013 a morfologia de 304.122 galáxias, é um exemplo disso (WILLETT et al., 2013). Atualmente, um observatório pode capturar mais de dez mil imagens astronômicas por noite. O processo tradicional de análise é realizado por um humano especialista. Durante o processo, imagens que contém objetos de interesse, estrelas e galáxias, por exemplo, são adicionadas a coleção do observatório. Caso o objeto de interesse seja uma galáxia, ela é então classificada de acordo com algum sistema de classificação morfológica. Esse tipo de classificação vem se tornando impraticável frente ao enorme volume de dados (JENKINSON, 2014). Para Jenkinson (2014), a solução para este problema está na utilização de técnicas de processamento de imagens e aprendizado de máquina. Essas técnicas podem ser utilizadas na criação de classificadores automatizados com capacidade de lidar com situações não lineares, como as apresentadas pela distribuição dos parâmetros em galáxias. Diante do exposto, o trabalho apresenta uma ferramenta que, a partir de imagens astronômicas, realize a classificação morfológica de galáxia.