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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Guilherme Oecksler Bertoldi
Título: TORTUGA: UM PROTÓTIPO PARA IDENTIFICAÇÃO DE CÁGADOS DA ESPÉCIE PHRYNOPS WILLIAMSI
 
Introdução:
Atualmente, estima-se que existam no planeta Terra milhões de diferentes tipos de organismos vivos compartilhando a biosfera e, que segundo Araújo e Bossolan (2006, p. 1), o reconhecimento destas espécies está diretamente relacionado à história do homem. Linnaeus produziu em sua obra chamada Systema Naturae, um extenso sistema de classificação de plantas e animais, no qual dividiu os reinos animal, vegetal e mineral em espécies e deu a cada uma delas um nome distinto (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2001, p. 197). Este sistema é utilizado atualmente e consiste na divisão dos reinos em espécies, no agrupamento destas espécies em gêneros, gêneros em ordens e ordens em classes (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2001, p. 197). Ainda segundo os autores, esta divisão taxonômica foi consideravelmente expandida desde a proposta por Linnaeus, sendo que existem agora sete níveis de classificação mandatórios no reino animal: reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie. Segundo Hickman, Roberts e Larson (2001, p. 560), a classe réptil é composta por cerca de 7.000 espécies e ocupam uma grande variedade de habitats terrestres e aquáticos. Pough, Janis e Heiser (2008, p. 5) apontam que a ordem Testudines é composta por cerca de 300 espécies de tartarugas, que, provavelmente, são um dos répteis do grupo de vertebrados mais reconhecíveis devido à presença de carapaça. Nos dias atuais, há muitos estudos de marcação e análise de comportamento dos animais (DODD, 2009, p. 123). Segundo McDiarmid et al. (2012, p. 146), os marcadores utilizados na identificação de tartarugas, por exemplo, são comumente criados por meio de marcações incisivas feitas no casco das mesmas, caracterizando-se em um método invasivo. Além disso, esse tipo de marcação causa stress aos cágados e, em eventuais circunstâncias, resulta na morte do animal devido aos ferimentos gerados. Contudo, Burghardt (2008, p. 5) comenta que biólogos preferem utilizar métodos não invasivos, visto que estes não causam ferimentos ao animal, são mais fáceis e possuem um custo inexpressivo quando utilizados na identificação de espécies de animais. Diante deste cenário, este trabalho apresenta um protótipo capaz de identificar cágados da espécie Phrynops williamsi por meio de um método não-invasivo, utilizando-se de características extraídas da imagem do animal para gerar um identificador único.