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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Wanderson Garcia Lima
Título: Reconhecimento de sinais em Libras utilizando Leap Motion
 
Introdução:
O fato de não ouvir traduz-se em dificuldade no processo de comunicação interativa com os ouvintes, desconhecedores da língua gestual, e na privação de grande parte da informação, veiculada numa sociedade de ouvintes pela língua oral (MARTINS, 2012).
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é uma linguagem que tem adquirido espaço na sociedade por conta dos movimentos surdos em prol de seus direitos. “Atualmente é reconhecido como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e outros recursos de expressão a ela associados” (BRASIL, 2002). Com a promulgação da Lei de Libras, a comunidade surda pôde comemorar mais uma conquista, afinal a mesma estabelece não apenas LIBRAS como linguagem, mas também outros direitos de suma importância para a comunidade surda, tais como: apoio à difusão da linguagem por parte do poder público e empresas concessionárias de serviços públicos, atendimento adequado por parte destes aos portadores de deficiência auditiva, além da inclusão do ensino de LIBRAS nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério nas três esferas do executivo (BRASIL, 2002).
Tal como nas linguagens orais-auditivas, em LIBRAS existem palavras que são os sinais. Em LIBRAS existem cinco parâmetros para formação de um sinal: a configuração de mão diz respeito à forma da mão; a orientação da palma é a direção que a palma da mão aponta na realização do sinal; a locação refere-se ao lugar onde o sinal será executado; o movimento, que pode ou não estar presente nos sinais; os marcadores não manuais são as expressões faciais (GESSER, 2009). Como em qualquer outra linguagem, existem dificuldades para compreensão dos sinais, isso porque, conforme Tavares e Carvalho (2011), LIBRAS é dotada de uma gramática própria e possui os níveis linguístico, fonológico, morfológico, sintático, semântico e pragmático.
Computacionalmente para reconhecer um sinal, é necessário o auxílio de um mecanismo para digitalizá-lo para posterior interpretação. A digitalização de um gesto pode ser realizada de diversas formas, utilizando mídias como fotografias, vídeos e conjunto de vértices. Existem diversos dispositivos de sensoriamento que possuem dentre suas funcionalidades o reconhecimento de gestos, esse é o caso do Microsoft Kinect da empresa Microsoft (KINECT, 2015), Wii Remote da empresa Nintendo (NINTENDO, 2015) e do Leap Motion da empresa homônima (LEAP MOTION, 2015), dentre outros. Dentre os dispositivos mencionados, destaca-se o Leap Motion que é um dispositivo sensorial capaz de captar os movimentos dos dedos e mãos com precisão milimétrica.
Diante do exposto, com o objetivo de propiciar uma maior integração entre ouvintes e surdos e a fim de ajudar a garantir os direitos estabelecidos à comunidade surda pela Lei de Libras (BRASIL, 2002), este trabalho propôs o desenvolvimento de um protótipo para testar a capacidade de identificar sinais em LIBRAS através da utilização do dispositivo Leap Motion como mecanismo de captura para posterior interpretação e textualização dos mesmos.