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| Acadêmico(a): Donald Gessner |
| Título: Protótipo de um Gerador de Código CNC para Tornos |
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| Introdução: |
Acompanhando o avanço tecnológico, a empresa para a qual este trabalho está sendo realizado, com sua matriz instalada na Alemanha desde 1873 e uma filial em Pomerode desde 1974, onde possui uma área construída de 25.000 metros quadrados e 506 funcionários, mantém uma constante modernização em suas máquinas e equipamentos, para assegurar a posição de líder mundial na produção de bombas, filtros, filtros prensa e moinhos. Pensando nisso, a empresa resolveu substituir cada vez mais o torno mecânico utilizado na fabricação das peças, investindo em tornos de controle numérico computadorizado (CNC). A diferença entre esses dois tipos de tornos é que o primeiro, de acordo com CASSANIGA (2000, p. 15), “é uma máquina operatriz, capaz de imprimir rotação a uma peça, associada com um deslocamento sincronizado de uma ferramenta de corte, ou ainda com deslocamento e rotação desta ferramenta, em casos de ferramentas acionadas”. Já um torno CNC, conforme SENAI (1996), é um equipamento eletrônico que recebe informações sobre como vai realizar uma operação por meio de uma seqüência de instruções escritas em uma linguagem própria. A máquina processa essas informações, denominadas programa CNC, e devolve-as ao sistema através de impulsos elétricos, que acionarão os servo motores para dar movimentos aos eixos da máquina. Embora a substituição de tornos mecânicos por tornos CNC seja um investimento elevado, o uso dos últimos permite aumentar a qualidade e diminuir o tempo no processo de fabricação.
A empresa conta atualmente com cinco tornos CNC e quatro tipos de comandos diferentes. Segundo Cassaniga (2000), comando é o computador que recebe, processa e devolve as informações ao sistema por meio de sinais, sendo que cada comando possui funções próprias. Portanto, uma vez elaborado para uma determinada máquina, um programa CNC não serve para outra máquina. Como os programas são elaborados manualmente, ou seja, o programador recebe o desenho da peça a ser fabricada e digita as instruções uma a uma, é muito comum digitar funções de um comando quando está fazendo programa para um outro comando. Empenhada em resolver este problema, a empresa tentou várias vezes adquirir um sistema que gerasse automaticamente os programas CNC. Porém os sistemas para geração de código CNC existentes no mercado, como por exemplo, o Cimatron desenvolvido pela SYCAD (SYCAD, 1999), têm um custo de aquisição elevado e são baseados em CAD/CAM. Isto quer dizer que os programas são gerados a partir de um desenho da peça em 3D. Entretanto, na empresa a grande maioria das peças, de um total 33.000, foi projetada antes da compra do sistema CAD/CAM, existindo somente o projeto em papel. Assim, a geração do programa em um sistema baseado em CAD/CAM é impossibilitada. Além disso, não foi encontrada no mercado nenhuma outra opção de ferramenta para geração de código para tornos CNC.
Diante desta dificuldade, pensou-se em desenvolver um sistema para geração de código CNC livre de erros, baseado em macros, para as operações mais repetidas durante o processo de usinagem das peças. Cada macro corresponde a uma parte do programa e é composta por parâmetros que o programador deve preencher de acordo com as dimensões da peça. Na interface do sistema desenvolvido, o usuário inicialmente deverá selecionar a máquina CNC e depois a macro onde deverá digitar os parâmetros. Pode-se citar como exemplo uma operação de furação cujos parâmetros são diâmetro, profundidade, posição inicial do furo e avanço de corte. O sistema utilizará estes parâmetros para a geração do código CNC. Além disso, o sistema deverá permitir que o usuário digite a parte do código que é diferente em cada programa. Para eliminar os possíveis erros de digitação nesta parte do código, este passará por análises léxica e sintática. O código, gerado e digitado, deve seguir a norma ISO 6983 que, segundo Cavalcante (2003), define as regras para a construção de um programa CNC. |
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