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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Johann Nehring Fritz
Título: Uma Ferramenta para Conversão de MER de um Banco de Dados Relacional em uma Ontologia OWL
 
Introdução:
Com a evolução tecnológica dos últimos anos, muitos dos paradigmas acabaram sendo revistos, reestruturados ou substituídos. O que antes representava um avanço tecnológico, com o passar do tempo vem a ser substituído por algo novo. Um exemplo, na área de computação, foi a evolução dos arquivos indexados pelos Sistemas de Gerenciamento de Bancos de Dados (SGBD).
O aumento da capacidade de processamento e de armazenamento de dados proporcionado pelos computadores atuais tornaram os SGBD a opção preferencial para substituir seu antecessor na tarefa de armazenar os dados dos sistemas informatizados. Esta mudança trouxe consigo ainda outras importantes tecnologias relacionadas, tais como a Structured Query Language (SQL) e o Modelo Entidade-Relacionamento (MER), entre outras (FLORENTINO, 2009).
O MER é um modelo baseado na percepção do mundo real, que consiste em um conjunto de objetos básicos chamados entidades e nos relacionamentos entre eles. Ele possui informações de todos os atributos e relações do mesmo, independente dos dados. É comumente representado por um composto de quadros informativos chamados de entidades e seus relacionamentos (MELLO, 2005). Ao se extrair um MER de um Banco de Dados (BD), o formato pode variar, sendo um deles o eXtensible Markup Language (XML).
Posteriormente, já no contexto da Internet e também dos esforços para o desenvolvimento dos sistemas baseados em conhecimento, surge outra tecnologia que vem recebendo atenção destacada dos pesquisadores, as ontologias (HEINZLE, 2011, p. 29). As ontologias são vocabulários compartilhados que podem ser usadas para modelar um domínio – um tipo de objetos e/ou conceitos existentes – e suas relações e propriedades (MALUSZYNSKI, 2002). Elas tiveram origem na filosofia, onde foram criadas para tentar responder perguntas como “O que é um ser?” ou “Quais são as características comuns de todos os seres?”. Uma ontologia trata do ser enquanto ser, e tem como objetivo compreender identidades individuais ou agrupadas, podendo ser vista como uma descrição sistemática da existência das mesmas (HEINZLE, 2011, p. 106).
Já na área de computação, este termo é usado para representar ou descrever conceitos ou áreas do conhecimento (GUIMARÃES, 2002). O conceito de ontologia veio para a área de computação por volta da década de noventa do século passado, onde ganhou uma nova interpretação. Esta interpretação prevê a montagem de uma especificação formal ou de um conjunto de regras sobre um determinado assunto (HEINZLE, 2011, p. 106).
Ao ser adicionada na área de computação, a ontologia pode ser um artefato de software, para ser criada, manipulada ou utilizada pelo mesmo. Para este fim, foram criadas linguagens para representa-las, sendo uma delas a Web Ontology Language (OWL) (W3C, 2013).
Pode-se afirmar que existe certa convergência entre as ontologias e os MERs, sobretudo no que diz respeito às suas estruturas, já que ambos representam algo real, do qual se tem interesse em armazenar características como atributos e relações. Um MER é uma representação de um BD qualquer, cujo objetivo final é o armazenamento de informações. Uma ontologia, entre muitas coisas, serve para criar relações entre entidades, e atribuir valores a estas entidades. Com isso em mente, é possível que sejam feitas análises sobre as estruturas dos arquivos XML e OWL, e que seja traçado um padrão entre atributos de ambos os modelos.
A estrutura interna de um arquivo OWL é baseada em XML, fazendo com que possa ser comparado a um MER que também esteja em algum formato baseado em XML. Existem frameworks e softwares que permitem criar ontologias no formato OWL, porém nenhum deles suporta a conversão MER – OWL, o que torna o trabalho apresentado um complemento. Converter um MER em um OWL é o primeiro passo para migrar um BD para uma ontologia, explorando-se assim as vantagens das mesmas.