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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Luiz Cláudio Hogrefe
Título: Ontologia Aplicada ao Desenvolvimento de Sistemas de Informação sob o Paradigma da Computação em Nuvem
 
Introdução:
Ontologia é uma forma de conceitualização do conhecimento originada na filosofia, ainda nos pensamentos de Aristóteles, no qual se discutem questões metafísicas, a natureza do que existe e como a realidade é estruturada. Porém, a pesquisa sobre ontologias não é restrita à filosofia e à lógica e tem se caracterizado pela interdisciplinaridade, envolvendo áreas tão diversas como a Ciência da Computação, Ciência da Informação, entre outras (ALMEIDA et al., 2010, p. 33).
O termo ontologia passou a ser utilizado em Ciência da Computação, apenas na década de 1960, inicialmente nas pesquisas sobre Representação do Conhecimento (RC), subárea da Inteligência Artificial (IA). Neste contexto, o termo diz respeito a um artefato de software, uma linguagem formal que tem utilizações específicas em arquiteturas de sistemas inteligentes (VICKERY, 1997, p. 229).
Igualmente recente é a modelagem conceitual, que se refere a uma fase do desenvolvimento de sistemas, que tem por finalidade descrever, da melhor forma possível, parte da realidade e representar processos de interesse em um contexto social (SMITH; WELTY, 2001; GUARINO, 1998). Além disso, segundo Campus (2004, p. 24), “uma representação de conhecimento é um mecanismo usado para se raciocinar sobre o mundo, em vez de agir diretamente sobre ele. Neste sentido, ela é, fundamentalmente, um substituto para aquilo que representa”.
Sendo assim, considera-se o uso de ontologias junto à fase de modelagem conceitual, uma possibilidade de concepção de sistemas automatizados. Visto que, ao contrário do que possa parecer, a geração destes sistemas não privilegia exclusivamente questões da técnica computacional. Trata-se de uma atividade constituída por etapas distintas: em algumas prevalece o estudo de processos algorítmicos que vão ordenar as ações dos computadores, em outras a comunicação e a capacidade de abstração humana são essenciais para obter bons resultados, do ponto de vista sistêmico (ALMEIDA; BARBOSA, 2009, p. 2033).
Já a computação em nuvem é um modelo de computação distribuída, que difere dos tradicionais, em que é altamente escalável em termos de infraestrutura, fornece frameworks para desenvolvimento de aplicativos em nuvem, controle de transações e também hospedagem para os aplicativos desenvolvidos. Além disso, por ser impulsionada por economias de escala, a computação em nuvem permite que os serviços sejam configurados dinamicamente e entregues sob demanda, possibilitando o consumidor pagar ao fornecedor com base no consumo (FOSTER et al., 2008).
Uma vez que o desenvolvimento de Sistemas de Informação (SI) seja uma atividade constituída por etapas distintas: os profissionais precisam criar as tabelas do Banco de Dados (BD), algoritmos em uma linguagem de programação, telas de apresentação e controlar a ligação entre as partes. Todos os passos tornam-se repetitivos e demorados, pois, além de serem executados de forma manual, simultaneamente também terão que se preocupar com a lógica de negócio, deixando o ambiente suscetível a erros.
Desta forma, tendo em vista o cenário descrito anteriormente, busca-se com este trabalho, reduzir os custos pertinentes às etapas da geração de sistemas. Sendo esta premissa alcançada pela junção da automatização estrutural destes sistemas baseados em ontologias, à automatização infraestrutural dos processos, sob um ambiente de computação em nuvem. Chegando a um estado de plena autonomia nas etapas do “roteiro clássico” de desenvolvimento de SI. Permitindo, além da redução dos gastos elevados com infraestrutura e manutenção, a melhoria na automação dos serviços e agilidade na resposta aos clientes.
Diante deste contexto, como ferramenta facilitadora do processo de desenvolvimento de sistemas, o presente trabalho constitui-se de um protótipo de plataforma para a construção automatizada das rotinas de cadastros e consultas típicos de SI. Esta plataforma será composta por três ferramentas: a primeira para a definição, conceitualização e formalização de ontologias, a segunda para a conversão de modelos ontológicos em orientados a objetos e a terceira, para a geração de artefatos de software inerentes às camadas do modelo Model-View-Controller (MVC). Sendo que a terceira ferramenta constituirá os sistemas informatizados.
Portanto, com a plataforma mencionada, pretende-se atender às várias etapas do desenvolvimento de SI sob uma perspectiva de alto nível, a partir da análise conceitual de cada base do conhecimento. Assim sendo, após a finalização do processo de construção automatizada dos sistemas a partir da definição das ontologias, os usuários já terão os mesmos prontos para uso, instalados em um ambiente no paradigma de computação em nuvem, permitindo acessá-los pela Internet.