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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Alyssandra Luiza Ruggiero
Título: Sistema Interativo de Diagnósticos Médicos a Distância
 
Introdução:
Com o advento da globalização, as distâncias vão ficando cada vez menores, as pessoas cada vez mais informadas e o mundo cada vez mais integrado. Ao mesmo tempo tem-se a necessidade de se disponibilizar um serviço a todos, a qualquer momento e em qualquer lugar de forma eficiente.
Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), “pessoas que vivem em países tropicais como Brasil e Austrália, países com o maior registro de câncer de pele no mundo, estão mais expostos a esse tipo de doença” (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2009?).
O número de casos novos de câncer de pele estimados para o Brasil em 2008 é de 55.890 casos em homens e de 59.120 em mulheres, de acordo com a Estimativa de Incidência de Câncer publicada pelo INCA. Estes valores correspondem a um risco estimado de 62 casos novos a cada 100 mil homens e 60 para cada 100 mil mulheres. (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2009?).
Com o aumento destes números nos últimos anos, a prevenção e diagnósticos rápidos e acessíveis preocupam os brasileiros de todas as localidades, pois o Brasil possui dificuldades em suprir as necessidades de deslocar profissionais e mantê-los em locais remotos, para prover saúde a todos.
Em 2004, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconhecia a existência de cerca de 290 mil médicos exercendo regularmente as atividades no país. Um número expressivo se verificado o que sugere a Organização Mundial de Saúde (OMS), de 1 para cada mil habitantes. Entretanto a má distribuição destes profissionais faz com que em alguns locais do Brasil a quantidade de médicos seja precária e em outras quase suficientes.
Ao comparar a participação de cada região no total da população brasileira e a sua participação no total de médicos, nota-se que as regiões Sudeste e Nordeste são as que possuem o maior descompasso entre estes percentuais. Enquanto o Nordeste possui 28% da população do Brasil e conta com apenas 16,2% do total de médicos, o Sudeste apresenta a maior concentração desses profissionais, possuindo aproximadamente 42% da população brasileira e quase 60% dos médicos. (PÓVOA; ANDRADE, 2006 p. 1556).
Com isso constata-se que o Brasil possui uma enorme extensão geográfica e uma má distribuição de seus recursos na área da saúde no que tange os recursos humanos, sendo os principais recursos da saúde destinados para os grandes centros urbanos, concentrando os melhores diagnósticos e consequentemente os melhores recursos para tratamentos adequados. As cidades isoladas geograficamente e o desfavorecimento dos recursos da saúde possuem o isolamento intelectual e escassos recursos de auxílio a diagnósticos.
Com a descentralização da tecnologia vem aumentando a cada dia as formas de se chegar aos lugares mais remotos, sem a necessidade que pessoas se desloquem até estes locais. Uma das formas que vem surgindo no mundo como forma de minimizar a desproporcionalidade em termos de atendimento à saúde é a telemedicina. A telemedicina tem o papel de diminuir este espaço de tempo e recurso. Para os profissionais das localidades mais distantes da informação, a telemedicina pode auxiliar a integração dos profissionais da saúde dos centros de referência.
Com a informatização da consulta o diagnóstico será feito a distância, possibilitando que profissionais de diferentes estados atendam e prestem serviços de saúde a pacientes deslocados a quilômetros de distância. A utilização deste recurso pode ser favorável também em diversas outras situações como, “em áreas rurais, prisões, presença de obstáculos geográficos (ilhas, montanhas, geleiras, desertos), situações de guerras ou desastres naturais, asilos, estações espaciais, entre outros” (SOIREFMANN et al., 2008, p. 12).
Com a interligação dos pontos que contém a informação àqueles que dela necessitam, a telemedicina possibilita comunicação ágil entre paciente e médico, ajudando na solicitação da segunda opinião. A informatização do processo possibilitará também que diversos profissionais comuniquem-se e troquem experiências, utilizando-se dos sistemas cooperativos, na busca de um diagnóstico mais preciso para os casos clínicos estudados.
Dentro deste contexto, este trabalho visa implementar um sistema interativo de diagnósticos dermatológicos a partir de uma central médica, que possibilitará a descentralização da saúde, levando aos que carecem de uma consulta especializada, a oportunidade de um diagnóstico realizado por profissionais dos mais diferentes locais, proporcionando saúde a todos, de forma rápida e com qualidade de qualquer local e a qualquer momento.