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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Alexandre Wenderlich
Título: Ferramenta de cálculo de estimativas de software
 
Introdução:
Um dos maiores problemas enfrentados no desenvolvimento de softwares é conseguir estimar os projetos de forma adequada. Quanto mais exige-se precisão, maior o nível de complexidade para se obtê-la. E não há como gerenciar algo que não se consegue medir.
Com a globalização da economia e maior competitividade no mercado, as empresas tornam-se mais dependentes dos seus sistemas de informação. Construir esses sistemas em tempo hábil para serem úteis aos negócios e com qualidade adequada é o desafio que as organizações que desenvolvem software estão enfrentando. (TAVARES; CARVALHO; CASTRO, 2002, p. 1).
O termo estimativa é usado quando existe um conjunto mínimo de variáveis ou dados sobre um problema e aplica-se um modelo visando a prever seu estado em pontos representativos de sua evolução. Para que obtenha-se uma estimativa, assume-se que o modelo ou não tem condições de determinar precisamente o resultado desejado ou não possui variáveis ou dados suficientes para fazê-lo (MAGELA, 2006, p. 297).
Quando feita adequadamente, a medição de produtos e processos pode fornecer uma base efetiva para a iniciação e gerência de atividades de melhoria de processos (FLORAC; PARK; CARLETON, 1997, p. 21)
No ano de 1979, em busca de métricas eficientes, A. J. Albrecht (IBM) considerou a utilização dos aspectos externos visíveis de um software para gerar uma nova métrica, conhecida como Pontos de Função, e que foi um dos primeiros métodos a medir e prever o desenvolvimento de software com alguma precisão. (TAVARES; CARVALHO; CASTRO, 2002, p. 2).
A métrica de Function Point Analysis (FPA), mede o tamanho do software pela quantificação de sua funcionalidade externa, baseada no projeto lógico ou a partir do modelo de dados. Abrange a funcionalidade específica requerida pelo usuário (TAVARES; CARVALHO; CASTRO, 2002, p. 3).
Essa métrica permite medir o tempo e o custo de um projeto de software e estimar quais os impactos que o projeto pode sofrer com a adição de novos requisitos ou recursos, permitindo melhor gerenciamento do projeto pela organização, obtendo-se assim maior exatidão no processo.
Agora, apesar da FPA ser a métrica de tamanho mais utilizada no mercado, muitos autores criticam a sua adequação à estimativa de projetos atuais, como os projetos Orientados a Objetos (OO), pois a FPA foi criada em 1979, com base nos conceitos das técnicas de análise e projetos estruturados, diferentes dos conceitos baseados na tecnologia OO (ANDRADE, 2004, p. 14).
Com o aumento do uso da tecnologia OO para o desenvolvimento de projetos de software, a estimativa passou a ser realizada também através de Use Case Points (UCP), uma métrica proposta em 1993 tendo como base FPA e usada para a estimativa de projetos de software orientados a objetos (ANDRADE, 2004, p. 14).
UCP explora o modelo e a descrição dos casos de uso, substitui algumas características técnicas propostas pela FPA, cria fatores ambientais e propõe uma estimativa. Só pode ser utilizado por empresas que adotem os casos de uso como forma de expressão dos requisitos (PEREIRA et al, 2007, p. 4).
Hoje, uma das métricas que conta com significativo volume de pesquisa é a do modelo Constructive Cost Model (COCOMO), editada em 1981 como resultado de estudos do Prof. Dr. Barry Boehm sobre 63 projetos de grande porte. É um método de estimativa voltado à produção. Esta métrica já está na sua segunda fase de desenvolvimento, conhecida como COCOMO II, reflexo do estado de amadurecimento das tecnologias e da engenharia de software, e está condizente com as tecnologias dos anos 90 e com pensamento focalizado nas próximas décadas (TRINDADE; PESSOA; SPINOLA, 1999, p. 2-3).
Então, surgiu a necessidade de elaborar uma ferramenta capaz de auxiliar as organizações no cálculo de estimativas de seus projetos de software, com interface web, que permita aos envolvidos no projeto fazer uso de FPA, UCP e COCOMO. Com base nos dados cadastrados por projeto na ferramenta pelos envolvidos, são produzidas análises através de consultas e relatórios.