Gráficos interativos mostram hábitos de alunos na pandemia

Gráficos interativos mostram hábitos de alunos na pandemia

Foto: Grupo Tecnociência

O Núcleo de Estudos da Tecnociência (NET), do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Regional da FURB (PPGDR) da Universidade Regional de Blumenau (FURB) aprimorou a divulgação das pesquisas que está realizando para saber como os universitários enfrentam as medidas de controle da pandemia do coronavírus. A segunda rodada da pesquisa de opinião traz gráficos interativos pelos quais é possível avaliar a diferença de comportamentos nos meses de abril e maio.
 
Para detectar os impactos do distanciamento social e a adaptação dos estudantes às aulas online foram coletados dados de 04 a 11/05, em contraste com etapa anterior de 13 a 18/04. São indicadores de uma população estudantil com maior número de moradores no município de Blumenau (63,9%), conforme os resultados de maio.
 
Uma indicação importante, depois mais de dois meses de aulas remotas, foi a partir das respostas para a pergunta: "Quais são os efeitos do Distanciamento Social nas práticas pedagógios e convívio social dos estudantes da FURB?". A pesquisa mosta que quanto "maior a exposição às atividades remotas (de ensino, profissionais, interpessoais), mais intensos são o processo de Fadiga Pessoal e as dificuldades para a manuteção das práticas de isolamento". 
 
Os pesquisadores do NET, da área de Ciências Sociais, Maiko Spiess, Marcos Mattedi e Leandro Ludwig, buscam monitorar e refletir sobre os novos comportamentos no contexto de ensino-aprendizagem. Além de perguntas sobre o distanciamento social e percepções sobre as aulas remotas, também indagaram sobre opiniões políticas e disposição para seguir políticas de isolamento.
 
Por meio de instrumentos de pesquisa como este do NET a Universidade aprimora suas decisões. O estudo, revela, por exemplo, que a maior parte dos estudantes da FURB ou depende financeiramente dos pais ou são trabalhadores, pertencendo a famílias de classes C, D e E, de acordo com classificação adotada pelo IBGE.
 
Sobre como os estudantes avaliam  as condições socioeconômicas para enfrentamento da pandemia, respectivamente a primeira e segunda pesquisa indicaram os seguintes percentuais para:  Adequadas (43,90%; 41,11%), Boas (23,90%; 21,76%), Ruins ( 19,60%; 20,38%), Muito Boas (8,40%; 10,71%), Péssimas (4,20%; 6,04%).
 
Nas duas pesquisas realizadas, a ampla maioria dos estudantes entrevistados afima ter condições Adequadas, Boas ou Muito Boas para o enfrentamento da pandemia. Em torno de um quarto, todavia, declaram possuir condições Ruins ou Péssimas. “Os resultados muito próximos obtidos nas duas rodadas sugerem que o avanço da pandemia e a continuidade das políticas de Distanciamento Social não afetam a percepção geral de segurança socioeconômica dos estudantes”, analisam os pesquisadores.
 
Dentre os números, chama atenção que ao serem questionados “por quanto tempo estariam dispostos a estender o Distanciamento Social” os estudantes mostraram “predisposição geral a permanecer em distanciamento por um período de tempo médio e longo. Os respondentes que não pretendiam mais manter o isolamento ou que pretendiam encerrá-lo em um período de tempo curto somam menos de 5%." Os números para cada resposta:
Não pretendo mais manter o isolamento (2,76%), Mais uma semana (2,07%), Mais um mês (24,53%), Até três meses (34,89%), Até seis meses (35,75%).
 
Foram obtidas 619 respostas entre os dias 04/05 e 11/05 (sendo 579 válidas), com margem de erro de 4%. A pesquisa completa pode ser lida no site https://www.net-dr.org