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EVENTOS REALIZADOS


29/11/2017 - Lançamento do Livro "O adoecimento dos trabalhadores com a globalização da economia e o espaço político de resistência"

Depois de concluir seu Doutorado, a professora do Centro de Ciências Jurídicas da universidade, Profa. Dra. Elsa Bevian lança o livro com a síntese de sua tese, com o título "O adoecimento dos trabalhadores com a globalização da economia e o espaço político de resistência". 
 
Há um fenômeno crescente de adoecimento físico e mental dos trabalhadores, com a globalização da economia. A pesquisa que resultou nesta obra, nos mostra que a saúde do corpo e da mente dos trabalhadores está sendo gravemente afetada pelo capitalismo em que vivemos. Este adoecimento é consequência da competição e concorrência mundial exacerbadas – todas as empresas querem produzir mais, lucrar mais, em menor tempo e com menor custo. O resultado é a pressão exercida sobre os trabalhadores e as trabalhadoras para que produzam em ritmo alucinado, além dos seus limites físicos e mentais. Para conseguir tais objetivos, em muitos casos, as empresas utilizam-se de métodos perversos como o assédio moral, atingindo a subjetividade dos trabalhadores.
Este é um fenômeno local e global, acontece em Blumenau, Brasil, e em todos os continentes, e inclusive em países que muitas vezes são considerados modelos de sociedade desenvolvida e justa, como por exemplo na Alemanha, nos EUA, no Reino Unido, na China e Coreia do Sul.
Os trabalhadores, muitas vezes, não podem ser eles mesmos, humanos, precisam ser entes despersonalizados, coisas, objetos, seres sem emoção e razão - representam um personagem. Esta des-humanização do trabalho leva ao sofrimento patológico, através de doenças físicas e psíquicas, no sistema músculo-esquelético, neurológico, na pele, no sistema digestivo, circulatório e outras, reveladas em inúmeros diagnósticos.
 
As relações no mundo do trabalho estão passando por profundas transformações, e especialmente, desde a década de 70, no Século XX, com a globalização, e com a ocidentalização do modelo produtivo japonês - sistema “just-in-time” e células de produção. Há constantes reestruturações, precarização dos processos e relações nos ambientes de trabalho. Trata-se de fenômeno que vem agravando-se a cada dia, gerando preocupação, especialmente com o sofrimento gerado.
 
A construção do sistema de direitos humanos, nele incluído o trabalho como direito humano fundamental, é uma necessidade diante da globalização econômica. É necessário regulamentar as condições de trabalho de forma igualitária, em todos os países, com a finalidade de coibir o dumping social.
 
A principal pergunta da obra: o que fazer diante da realidade que vivenciamos? Uma das respostas é dada por Spinoza, no século XVII, que sugere o caminho do desenvolvimento da potência de ação através da afetividade, pois os seres humanos têm a necessidade de encontrarem-se uns com os outros para conservar e expandir sua potência, para a auto-preservação. Chegamos num momento histórico em que nós mesmos nos exigimos a reinvenção da ciência, da política e dos pressupostos éticos.
 
É um desafio constante! E são exatamente os desafios que tornam a vida mais interessante de ser vivida! Este é o desafio a que me propus ao escrever esta obra.


 


Data: 29/11
Horário: 20h
Local: Câmpus 1 - Bloco I - Livraria da FURB - Mapa
Informações: Divisão de Cultura - (47) 3321-0937 - cultura@furb.br
Publicação: Cultura

Novembro/2017 (alterar)



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