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EVENTOS REALIZADOS


10/10/2016 - Universidade Aberta - Imigração, Racismo e Interculturalidade na América Latina

As transformações provocadas pela globalização têm produzido forte impacto sobre os movimentos migratórios em escala mundial. A constante mudança dos modos de produção e, consequentemente, nos modos de vida, intensificou a mobilidade de imensos contingentes humanos, fenômeno que é facilitado pela evolução tecnológica que possibilita deslocamentos de forma mais rápida. Por outro lado, conflitos armados, regimes ditatoriais e catástrofes climáticas multiplicam as migrações forçadas e as situações de refúgio.
 
A ação de migrar, contudo, é uma das características da espécie humana desde os primórdios. Na contemporaneidade, a migração passou a ser um direito universal, garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948). A mobilidade é parte constitutiva da história da maioria das nações, especialmente do Brasil e da América Latina, constituído desde sua gênese por distintos movimentos migratórios, tais como o nomadismo dos povos indígenas, o processo colonizador europeu, a diáspora forçada dos negros africanos, entre outros.
 
Com o fenômeno da globalização, houve a intensificação das conexões e relações em escala mundial, em uma multiplicidade de áreas da vida social, o que facilitou e até estimulou o processo migratório, principalmente diante da visibilidade dos países chamados “desenvolvidos” no cenário econômico internacional. No entanto, a partir de 2008, diante de nova crise do capitalismo internacional, estes países começaram a modificar suas legislações para restringir e dificultar ao máximo a entrada das constantes levas de imigrantes em suas fronteiras.
 
As regras impostas não só pretendem impedir a mobilidade populacional, mas também restringir os direitos sociais, civis e políticos dos imigrantes, limitando, por exemplo, o acesso à saúde, educação, trabalho e moradia. Estas restrições constituem grandes obstáculos para a idealização de políticas e ações migratórias condizentes com a promoção dos direitos humanos.
 
Geralmente, o migrante lança-se a novo(s) território(s) motivado pela busca de melhores condições de vida, tanto por conta das desigualdades sociais presentes em seu país de origem, quanto pela existência de conflitos armados, crise financeira ou ainda por catástrofes naturais, como é o caso do Haiti. 
O migrante vive num mundo onde a globalização dispensa fronteiras, muda parâmetros diariamente, ostenta luxos, esbanja informações, estimula consumos, gera sonhos, e, finalmente, cria expectativas de uma vida melhor. Mas na prática, este mundo de oportunidades acessível a todos, essa visão de um mundo sem fronteiras, de livre circulação e integração de povos e culturas, não passa de uma ideologia, que ao final do processo exclui as pessoas e privilegia a livre circulação de bens, serviços e mercadorias.
 
Em face disso, a Mesa Redonda sobre Imigração, Racismo e Interculturalidade na América Latina pretende discutir as inter-relações entre globalização e migração na contemporaneidade, com o intento de desvelar a aparente flexibilização global das fronteiras, desvelando suas contradições, exclusões e violações de direitos. 

 

Essa atividade está sendo realizada em parceria com o “ Círculo de Diálogos – Diversidades e Educação” , do Curso de Ciências da Religião, CCHC e GPEAD – Grupo de Pesquisa Ethos, Alteridade e Desenvolvimento.

 

Estarão compondo a mesa de debates:

 

Dr. José Marin Gonzales (RUIG, Suíça)
Doutor em antropologia pela Universidade de Sorbonne e mestre pelo Instituto de Altos Estudos da América Latina em Paris. Trabalha na Rede Universitaria Internacional de Genebra (RUIG) da Universidade de Genebra, no projeto de pesquisa “A Educação frente à globalização e os Direitos Humanos”. Atualmente colabora com diferentes Instituições e publicações da Europa e da América Latina. Foi colaborador da UNESCO na África. Realizou estudos sobre a problemática do desenvolvimento e sobre ecología humana.


Dr. Marcos Rodrigues da Silva (FURB)
Currículo http://lattes.cnpq.br/4059475779299506
NPD/Capes - no PPGE/FURB(2015-2018), - Doutor em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2014), - Bacharel em Teologia pela Universidade Católica de Goiás (2009), - Mestre Em Teologia pela Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção (1997). , - Professor da Fundação Universidade Regional de Blumenau,o, - Pesquisador Associado da Associação Ecumênica de Teólogos do Terceiro Mundo - América Latina e Caribe -(ASETT), - Membro do Centro Atabaque de Cultura Negra e Teologia. - Tem experiência na área de Educação com Formação nas Primeiras Séries Iniciais, Fundamental e Ensino Médio - Pesquisador no Grupo de Pesquisa Saberes de Si no CNPq - Vinculado ao PPGE-FURB, - Grupo de Pesquisa Vozes Plurais/FURB - Pesquisador do Grupo de Pesquisa Ethos, Alteridade e Desenvolvimento (GPEAD), na FURB; - Pesquisador do Grupo VOZES PLURAIS: CURRÍCULO SOCIAL E DIVERSIDADE ÉTNICA NA ESCOLA; - Atua principalmente nos seguintes temas: teologia, diversidade cultural, aspectos sociais, história e negro. religiões tradicionais africanas e latino-americana


Dr. Elcio Cecchetti (SED)
Currículo: http://lattes.cnpq.br/6402588298008183

Graduado em Ciências da Religião-Licenciatura em Ensino Religioso e especialista em Fundamentos e Metodologia do Ensino Religioso em Ciências da Religião pela Universidade Regional de Blumenau (FURB). Mestre e Doutor em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Realizou doutorado sanduíche na Universidade de Salamanca (Espanha) entre out./14 e out./15. Técnico efetivo da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina (SED/SC). Membro do Grupo de Pesquisa Ethos, Alteridade e Desenvolvimento (GPEAD/FURB) e do Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação e Instituições Escolares de Santa Catarina (GEPHIESC/UFSC). Membro titular do Comitê Nacional de Respeito a Diversidade Religiosa (CNRDR/SDH). Tem experiência na área de educação, com ênfase em formação continuada de educadores, diversidade cultural, ensino religioso, interculturalidade, laicidade e direitos humanos.

Dra. Lilian Blanck de Oliveira (FURB)
Currículo: http://lattes.cnpq.br/2060996038464074
Possui graduação em Pedagogia pela Fundação Educacional Regional Jaraguaense (1991) e doutorado em Teologia pela Escola Superior de Teologia, área: Educação e Religião (2003). Atualmente é professora titular do Programa de Pós Graduação (Mestrado e Doutorado) em Desenvolvimento Regional da Fundação Universidade Regional de Blumenau; Líder do Grupo de Pesquisa: Ethos, Alteridade e Desenvolvimento (GPEAD). Tem experiência na área de Sociedade, Culturas, Religião e Educação. Atua nos temas: diversidades histórico-culturais, território e direitos humanos; culturas, ciência e desenvolvimento; currículo e diferença; formação inicial e continuada de professores.


Data: 10/10
Horário: 19h
Local: Câmpus 1 - Auditório Biblioteca - Prof. Padre Orlando Maria Murphy - Mapa
Informações: srkoch06@gmail.com
Publicação: Cultura

Outubro/2016 (alterar)



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